O dólar abriu em forte alta, de 2,02%, negociado a R$ 1,82 no pregão viva-voz da Bolsa de Mercadorias & Futuros (BM&F). Na sexta-feira, a moeda norte-americana fechou em ligeira baixa (-0,11%, a R$ 1,784), interrompendo uma seqüência de três altas.

O mercado norte-americano dá uma pausa, enquanto se comemora o feriado de Martin Luther King Jr. Já a Ásia e a Europa, mesmo após o anúncio do pacote de incentivo econômico por George W. Bush, na sexta-feira, acentuam as preocupações com o futuro da economia dos EUA e registram um pregão de perdas significativas, sinalizando dia de tensão também por aqui.

Na Europa, os temores são exacerbados pelos resultados negativos de bancos importantes. O alemão WestLB anunciou que deve registrar prejuízo líquido de 1 bilhão de euros (US$ 1,45 bilhão) em 2007. Ao mesmo tempo, informou que seus controladores devem injetar novo capital para atenuar essas perdas. O banco informou ainda que fará uma baixa contábil "temporária" de quase 1 bilhão de euros para ajustar sua posição a produtos ligados à crise do setor hipotecário de segunda linha (subprime) nos EUA.

A possibilidade de baixas contábeis mais pronunciadas por parte dos bancos franceses também reflete nos preços de ações de instituições importantes, como o Société Generale. E, ontem, o presidente do BC holandês, Nout Wellink, alimentou as preocupações com o desempenho da economia da região ao estimar uma desaceleração da expansão para 1,5%, por causa da crise dos EUA.