Ao contrário dos principais craques da Seleção Brasileira, como Kaká e Ronaldinho, os argentinos estão prontos para embarcar na hora em que são convocados pelo técnico Alfio Basile, afirmou o atacante Carlitos Tevez, em entrevista publicada hoje pelo jornal italiano "La Gazzetta dello Sport".

– Os ídolos brasileiros pediram dispensa da seleção. Nós, argentinos, pegamos o avião um minuto depois de sermos convocados por Basile. Na Copa América, não é importante o Tevez, e sim a seleção – afirmou o ex-craque do Corinthians e do Boca Juniors, atualmente no West Ham United, da Inglaterra.

O atacante disse que a seleção argentina tentará usar o torneio continental, que começa hoje na Venezuela, como uma revanche pela decepção da Copa do Mundo da Alemanha, onde apresentou em vários momentos um futebol de alto nível, mas acabou sendo eliminada pelos donos da casa na disputa de pênaltis, nas quartas-de-final.

– Temos que compensar a decepção da Copa de 2006. Estamos na Venezuela para ganhar. Não temos medo de ninguém – afirmou.

Apesar do entusiasmo, é provável que Tevez comece no banco de reservas a Copa América, na qual a Argentina estréia nesta quinta-feira contra os Estados Unidos. O técnico Basile tem testado nos treinos o ataque titular com Lionel Messi e Hernán Crespo. Comentando seu destino na próxima temporada, na qual deve se transferir para um clube grande do futebol europeu, Tevez afirmou que prefere a Inter de Milão ao Real Madrid, clube do qual disse ter uma oferta.

– A Inter é um grande clube. Existe uma possibilidade real de que eu vista na próxima temporada a camisa azul e negra. O Real Madrid? Também é verdade, mas meu representante conhece meu pensamento. Melhor a Inter que o Real – disse.

O ex-ídolo do Corinthians e do Boca Juniors afirmou ter conversado com jogadores da Inter de Milão que fazem parte da seleção argentina, com a qual está concentrado para a disputa da Copa América, na Venezuela.

– Nestes dias tenho conversado com Javier Zanetti. Javier será meu conselheiro. A Inter tem prestígio – afirmou. – Daniel Passarella, um treinador ao qual estou muito ligado, jogou na Inter. Também aprendi a apreciar a Inter de longe – disse Tevez, cujo ídolo foi Diego Armando Maradona.

– Na minha vida, o momento mais emocionante foi quando joguei com a camisa do Boca com Maradona na torcida. Parecia que eu estava vivendo um sonho – afirmou.

AGÊNCIA EFE