A Seleção Brasileira feminina adulta de vôlei se prepara no Centro de Desenvolvimento do Voleibol, em Saquarema, no Rio de Janeiro para as disputas das primeiras competições de 2007: os Jogos Pan-Americanos e o Grand Prix. Das atletas que participaram do Campeonato Italiano, já se incorporaram ao grupo a oposto Sheilla e as ponteiras Mari e Érika. Faltam se apresentar ao técnico José Roberto Guimarães três atletas: a ponteira Jaqueline, a levantadora Fofão e a meio-de-rede Walewska.

– O Campeonato Italiano começou tarde e está chegando ao fim somente agora. Com isso, Fofão, Érika, Walewska, Sheilla, Jaqueline e Mari estão em ritmo de jogo. Já as jogadoras que disputaram a Superliga estão sem disputar partidas oficiais há dois meses, praticamente. Ou seja, o fato de não contarmos ainda com todo o grupo treinando em Saquarema dificulta a preparação – explica Zé Roberto.

O treinador falou também que priorizará duas competições neste ano.

– Temos de trabalhar neste momento visando às primeiras competições do ano. Cada campeonato tem a sua importância. Em 2007, priorizamos duas competições: Jogos Pan-Americanos e Copa do Mundo. No Pan, a seleção voltará a jogar no Maracanãzinho, que é um verdadeiro templo do voleibol. Além disso, o Brasil não atua diante da própria torcida há muito tempo. Será maravilhoso conquistar a medalha de ouro no Pan. Já a Copa do Mundo é classificatória para os Jogos Olímpicos de Pequim-2008 – explica.

Com relação aos Jogos Pan-Americanos, o técnico da Seleção Brasileira diz que o Brasil não é o favorito.

– Não acredito em favoritismo. Nossa seleção está passando por um momento de ajuste tático nesta fase de preparação. Por outro lado, outras seleções têm disputado torneios. A seleção cubana é praticamente a mesma que conquistou a medalha de bronze na Olimpíada de Atenas, em 2004. Além disso, Cuba disputou recentemente duas competições na China e foi vice-campeã no Torneio de Montreux. E não vamos encontrar facilidade diante de República Dominicana e Porto Rico, que têm demonstrado muita evolução – afirma Zé Roberto.

O treinador está ciente de que a disputa das jogadoras pela permanência no grupo para o Pan é sadia.

– Quanto mais disputas individuais existirem no grupo, melhor para o Brasil. Nossa seleção melhorou muito o desempenho nas competições a partir do momento em que pôde contar com 12 jogadoras de qualidade. O pior momento para uma comissão técnica é quando precisa desconvocar alguma atleta. Mas só 12 jogadoras poderão ser inscritas para o Pan.