A polícia divulgou, nesta sexta-feira, um trecho de diálogo em que Adriana Almeida, viúva do milionário da Mega-Sena assassinado, pede para seu gerente de banco excluir o nome de Renné Senna da conta-conjunta do casal. Na conversa, o gerente diz que não seria possível excluir o nome de Renné, após a morte dele, da conta. A conversa é do dia 25 de janeiro. O diálogo foi gravado com autorização judicial.

Na última quarta-feira, a Justiça prorrogou por mais 30 dias a prisão temporária das seis pessoas presas sob suspeita de envolvimento no assassinato do milionário da Mega-Sena, Renné Senná, de 54 anos, em janeiro. A decisão baseou-se em novos elementos apresentados pela Delegacia de Homicídios do Centro, que investiga o caso. Dentre eles, as contradições em depoimentos antigos e recentes da viúva do milionário, Adriana Almeida, de 29 anos, e a apuração no serviço de lanternagem feito na moto do filho de Ronaldo Amaral Oliveira, conhecido como China, suspeita de ter sido usada no crime. Adriana Almeida foi a única dos indiciados a colaborar com as investigações, visto que os demais manifestaram o desejo de só falar em juízo. A reconstituição do crime também teria complicado a situação da viúva, segundo a polícia.

Além de Adriana e China, estão presos o cabo Marco Antonio Vicente, o ex-PM Anderson Silva de Sousa, de 31 anos, sua mulher Janaína Souza de Oliveira, 31, e o ex-motorista da secretaria de Saúde de Niterói, Edinei Gonçalves. Nesta quinta-feira, uma parente de uma testemunha do crime foi atacada a golpes de canivete quando saia de casa, em Jacarepaguá.

AGÊNCIA O GLOBO