Depois que o ex-pivô da NBA John Amaechi assumiu publicamente ser homossexual e relatou sua vida no livro Man in the Middle, o assunto não sai dos programas esportivos norte-americanos. Desta vez, a polêmica ficou em torno do ex-armador do Miami Heat Tim Hardaway. Na última quarta-feira, durante uma entrevista, ele afirmou odiar gays. Um pouco mais tarde, em outra entrevista, ele se desculpou pelos comentários.

– Eu odeio gays. Eu não gosto e não gosto de estar perto de gays – disse no programa Sports Talk 790 The Ticket.

– Sou homofóbico. Não gosto disso. Isso não deveria existir no mundo ou nos Estados Unidos – completou.

Questionado sobre seu comportamento se tivesse um companheiro de equipe gay, Hardaway foi incisivo.

– Antes de mais nada, eu não ia querê-lo no meu time. Segundo, se ele estivesse no meu time, eu realmente me afastaria dele porque eu não acho que isso seja certo. Eu não gostaria que ele estivesse no vestiário enquanto nós estivéssemos – confessou, acrescentando que pediria para o jogador ser retirado do time.

Amaechi, que lançou sua autobiografia semana passada, afirmou esperar que isso seja um catalisador para discursos inteligentes.

– Estou tentado a rir – declarou ao The Miami Herald.

– Finalmente, alguém é honesto. É ridículo, absurdo, insignificante, intolerante e mostra uma falta de empatia gigantesca. Mas é honesto. E isso ilustra o problema melhor que qualquer linguagem rebuscada que outra pessoa tenha usado antes – afirmou.

Depois de toda a polêmica, Hardaway pediu desculpas por sua colocação durante entrevista por telefone à WSVN, também de Miami.

– Sim, eu me arrependo, sinto muito. Não deveria ter dito que odiava gays ou qualquer coisa deste tipo. Foi um erro – declarou.

Mas o dano já estava feito e o ex-jogador não deverá mais fazer parte de outros programas da liga.

– Foi desapropriado para ele porque representa uma disparidade entre nosso ponto de vista e o dele – resumiu o comissário da NBA David Stern em declaração ao South Florida Sun-Sentinel.

GAZETA PRESS