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Linguagens e tecnologias de comunicação em debate

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A Universidade ensina e o mercado pratica. A afirmação, que estabelece fronteiras rigorosas, repetida em alguns momentos da história da comunicação, não encontra mais justificativa nesse mundo complexo. As profundas mudanças, provocadas especialmente pelo desenvolvimento tecnológico, determinam de uma parte e oportunizam de outra que todos os envolvidos procurem a melhor solução. E é exatamente isto que a Famecos/PUCRS e a RBS, considerando posições de vanguarda nas respectivas áreas, entendem que deva ser feito: investigar a melhor solução para produção de conteúdos e, em conseqüência, proporcionar qualidade na comunicação destinada à audiência e à sociedade em que estão inseridas. Nesse debate, Universidade e Empresa compreendem que isso não mais acontece sem que o público atue diretamente no processo. Por isso, o projeto RBS e Famecos/PUCRS para o 21º SET Universitário será construído com a participação dos estudantes, público ao qual está destinado o evento acadêmico.

A proposta prevê que soluções de comunicação sejam debatidas publicamente envolvendo profissionais, professores e alunos. Algumas questões norteadoras desse projeto envolvem linguagens e suportes tecnológicos. O que realmente permanece e o que passa por re-acomodação? Linguagens têm acompanhado a humanidade e suportes ou plataformas se modificam. Mas o que determina a construção da linguagem das mídias? Essas linguagens são moldadas pelo tempo e espaço sociais, oriundos da cultura e ajudam a moldar esta mesma cultura. Quem será capaz de ler livros ou ver televisão na tela de um computador? As linguagens são determinadas pela tecnologia? Os suportes para as linguagens poderão se modificar totalmente com o passar do tempo? Entende-se cada vez mais que a permanência está associada às linguagens, que sobrevivem às diferentes tecnologias que o homem é capaz de inventar para se comunicar.

O teórico da mídia Neil Postman afirmava que “não vemos a realidade como ela é, mas como são nossas linguagens. E nossas linguagens são nossas mídias, nossas mídias são nossas metáforas, nossas metáforas criam o conteúdo da cultura.” Porém, não há períodos culturais lineares, com o desaparecimento de uma era para surgimento de outra. Há sempre um processo cumulativo de complexificação, “uma nova formação comunicativa e cultural vai se integrando na anterior, provocando nela reajustamentos e refuncionalizações.”, como afirma a pesquisadora Lúcia Santaella. Afinal, segundo ela, a cultura comporta-se sempre como um organismo vivo, inteligente, com poderes de adaptação imprevisíveis e surpreendentes. E é para investigar, juntamente com a comunidade acadêmica, o comportamento da cultura, com sua imprevisibilidade e inteligência, que a Famecos/PUCRS e a RBS levam este projeto ao ar.

Mágda da Cunha
Diretora da Famecos/PUCRS

 
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