Mário Sérgio e Renato Gaúcho estarão em lados opostos na decisão da Copa do Brasil. Enquanto Mário Sérgio dirige o Figueirense, Renato Gaúcho comanda o Fluminense. Mas nem sempre foi assim. Houve o tempo em que ambos defendiam as cores do mesmo clube.

Em 1983, Mário e Renato, na época conhecido pelo sobrenome Portaluppi, jogavam no Grêmio, e pelo time gaúcho sagraram-se campeões do Mundial Interclubes, em Tóquio, no Japão. A vitória de 2 a 1 sobre o Hamburgo, da Alemanha, veio na prorrogação, e Renato marcou os dois gols.

Mário Sérgio também teve papel fundamental para a conquista. Ele ditou o ritmo da equipe durante os 120 minutos, fez lançamentos precisos e usou sua habilidade para deixar os marcadores desorientados:

"Mário Sérgio nunca foi tão vesgo. Olhava para um lado e lançava a bola para o outro", descreveu a revista Placar na época.

Já o camisa 7 tricolor, o "endiabrado" Renato, tido como maluco, indisciplinado e irresponsável, desmoralizou os zagueiros do time alemão com seus dribles e ganhou todos os louros pela atuação brilhante na final do Mundial. Certo mesmo é que depois da conquista, o mundo conheceu um pouco melhor o "maestro" Mário Sérgio, que já tinha sido campeão brasileiro, em 1979, pelo Internacional, rival do Grêmio.

E conheceu, também, o impetuoso Renato, que ao se transferir para o Flamengo, em 1986, ganhou o codinome Gaúcho. Agora, fora das quatro linhas, cada um deles quer marcar o seu golaço e erguer, pela primeira vez, a taça de campeão de um torneio nacional como treinador. A vitória neste duelo dará direito a uma vaga na Copa Libertadores de 2008, competição que apenas Renato teve a honra de ganhar.

Será que chegou a hora do seu ex-companheiro de time sentir o sabor de um título sul-americano?