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Conteúdo: cinzasnors  | 21/06/2011 21h03min

Cinzas de vulcão chileno podem atingir novamente o RS

Puyehue continua em atividade e voltou a causar transtornos no tráfego aéreo

Caso a emissão de cinzas do vulcão chileno Puyehue continue nesta sexta-feira e sábado, é possível que uma nova nuvem seja transportada ao Estado. A informação é da meteorologista Estael Sias. Segundo ela, nestes dias há previsão de ventos de sudoeste em altos níveis, da região do vulcão em direção ao RS e todo o Conesul. Se as condições permanecerem as mesmas, as cinzas podem ameaçar viagens programadas na volta do feriado e durante o final de semana.

— No domingo, os modelos indicam que os ventos sopram mais de oeste para leste, com potencial de carregar as cinzas diretamente para o Oceano Atlântico — completa a meteorologista.

Segundo ela, o tempo seco previsto a partir de sexta-feira no Estado tende a fazer com que a possível nuvem de cinzas se estabeleça na atmosfera, com possibilidade de causar problemas de visibilidade.

— Se tivéssemos chuva, mesmo que as cinzas chegassem aqui as partículas seriam trazidas para a superfície. Mas, com tempo seco, não há nada que limpe a atmosfera.

Apesar da previsão, por enquanto, pelo menos, a situação está sendo monitorada à distância. Um gráfico desenvolvido pelo Centro de Previsão do Tempo e Estudos Climáticos do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (CPTEC/Inpe) para acompanhamento da propagação da cinza vulcânica mostra que a parte mais densa da nuvem (em amarelo) ainda está bastante concentrada na região do vulcão e em uma pequena parte da Argentina no começo da noite de hoje (veja abaixo).



Além disso, prognóstico do Instituto Oceânico e Atmosférico americano (NOAA, na sigla em inglês) indica que as cinzas irão ser transportadas para o Oceano Pacífico, ou seja, para o oeste, ao longo desta quarta-feira.

Na sexta-feira, as autoridades reduziram o nível de alerta em torno do vulcão, de seis para cinco (em uma escala de oito), e dois dias depois foi retirada a ordem de evacuação para cerca de 4,270 mil deslocados. Apesar disso, o relatório do Sernageomin adverte que "o processo eruptivo continua e é possível que volte a apresentar um aumento da atividade".

O vulcão, localizado no sul do Chile, começou a expelir lava 18 dias depois do começo de sua erupção, embora sem apresentar riscos. Enquanto isso, a nuvem de cinzas — que já completou a volta ao mundo — voltou a interferir no tráfego aéreo. A dispersão obrigou a chilena LAN a cancelar seus voos para as cidades como Temuco e Valdivia, no sul do Chile. O tráfego aéreo na Austrália e na Nova Zelândia também foi suspenso.


>> Entenda o perigo das cinzas para os aviões:


>> Conheça o vulcão chileno Puyehue:

ZERO HORA E AFP
 

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