A atividade do vulcão Puyehue, que entrou em erupção há dez dias no Chile, não registrou mudanças significativas nas últimas horas. No entanto, especialistas levantam a hipótese de que a liberação de cinzas possa durar mais uma semana. As informações são do jornal argentino Clarín.

— Neste momento não temos uma projeção muito otimista. A atividade vulcânica continua, apesar de ter diminuído. De acordo com o que estamos vendo, esta situação pode permanecer por mais uma semana — explica o diretor do Serviço Nacional de Geologia e Minas (Sernageomin) argentino, Enrique Valdivieso.

— Não sabemos se a estabilização nas erupções será permanente ou se ainda haverá uma nova atividade, mais agressiva — ressalta.

Já o geólogo Alberto Caselli, diretor do Grupo de Estudo e Acompanhamento de Vulcões Ativos (Gesva), salienta a dificuldade em prever o término de uma atividade vulcânica.

— Não é fácil prever quando termina a atividade. São processos que podem durar muitos dias. Depende muito da pressão da câmara magmática e da profundidade — afirma.

Segundo Caselli, o Puyehue está descarregando, e isto deverá ocorrer até que seja possível eliminar o excesso de magma e equilibrar a pressão. O último comunicado enviado pelo Sernageomin informa que o nível de alerta vulcânico no local foi mantido em seis (cor vermelha) — erupção moderada.

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