| 09/03/2007 11h58min
Os presidentes do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, e dos Estados Unidos, George W. Bush, discursaram no final desta manhã na Transpetro, subsidiária da Petrobras em Guarulhos. Os assuntos principais foram o etanol e o biodiesel. O compartilhamento de tecnologia para a produção do primeiro é pauta de um protocolo de intenções assinado hoje pela secretária de Estado norte-americana, Condoleezza Rice, e o chanceler brasileiro, Celso Amorim. 
Bush destacou que, com a produção de biocombustíveis, pretende reduzir em 20% o uso de gasolina nos EUA nos próximos 10 anos. 
– Essa dependência que os Estados Unidos têm por causa do petróleo causa diversos problemas econômicos ao país. Nossa dependência significa que somos dependentes de suas decisões (dos produtores de petróleo) – avaliou. 
Segundo o presidente dos EUA, desde que assumiu o cargo, os norte-americanos já investiram US$ 12 bilhões em pesquisas para desenvolver formas alternativas de 
energias. Tanto Bush como Lula consideram o 
biocombustível primordial para a preservação do meio ambiente. 
– No momento em que somos chamados a agir com urgência para evitar o aquecimento global, tudo o que fizermos nesse sentido será um ganho – destacou Lula. 
O governante brasileiro afirmou ainda que a produção de biocombustível "será uma contribuição inestimável para a redução da pobreza e geração de empregos no Brasil". 
Protocolo não contempla redução de tarifas
O memorando assinado por Condoleezza e Amorim permite a coordenação entre Brasil e Estados Unidos para estabelecer padrões internacionais para os biocombustíveis, de modo que possam ser comercializados nos mercados internacionais. Ambos os países fomentarão também a produção em países da América Central e do Caribe, em resposta a uma crescente demanda mundial. 
O que o protocolo não contempla é uma redução das tarifas norte-americanas sobre o etanol brasileiro: US$ 
0,54 por galão, além de uma taxa de 2,5%. O governo Lula defende 
redução desses impostos, mas Bush alega que a questão depende de discussão no Congresso dos EUA. 
Atualmente, o Brasil é o principal produtor de etanol, com 18 bilhões de litros por ano. Se somada a dos Estados Unidos, chega a 70% do total produzido no mundo. A diferença é que a base do produto brasileiro é a cana-de-açúcar, mas barata do que o milho, utilizado pelos norte-americanos.
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