Os milagres   -  1º Milagre / 2º Milagre

 

  Nesta quinta-feira, o Vaticano anunciou o reconhecimento do segundo milagre atribuído à Madre Paulina. A cura da menina Iza Bruna, nascida em 1992 no Acre, e de Eluíza de Souza, em 1966, podem levar à canonização da religiosa.

O primeiro milagre

  A cura de Eluíza Rosa de Souza (foto) foi reconhecida em 1989 pelo Vaticano como o primeiro milagre de Madre Paulina. Eluíza, de Imbituba, no Sul de Santa Catarina, então com 24 anos e quatro filhos, engravidou depois de sofrer dois abortos. O médico, Aires Antônio de Souza, aconselhou a mulher a fazer uma transfusão. Depois de ignorar a recomendação médica, Eluíza percebeu no sétimo mês de gestação que sua barriga parara de crescer. Aos nove meses de gravidez, recebeu a notícia de que o feto estava morto havia pelo menos três meses e seria necessário realizar uma curetagem. A cirurgia durou cerca de 16 horas e após o término a paciente teve um grave processo hemorrágico. Sofreu parada cardíaca, ficou sem pulso e sem pressão arterial. Souza, o médico de Eluíza, reuniu a família e informou que o quadro clínico era irreversível. As irmãs da Imaculada Conceição, que administravam o hospital São Camilo, pediram permissão para fazer uma promessa a Madre Paulina. Na manhã seguinte, a paciente estava fora de perigo. "Como médico, posso garantir que dona Eluíza não tinha a mínima chance de reverter aquele quadro clínico. O que ocorreu com ela foi singular", afirma Aires Antônio. Depois de 34 anos do ocorrido, ele continua a dizer que o caso não tem explicação científica. Eluíza não ficou com nenhuma seqüela.


O segundo milagre Topo

  O padre Alécio Azevedo atual reitor do Santuário de Madre Paulina testemunhou o segundo milagre da religiosa reconhecido pelo Vaticano. Azevedo trabalhava em uma missão em Rio Branco, no Acre, em 1992, quando recebeu um chamado urgente para batizar uma menina que havia nascido com hidrocefalia, um acúmulo anormal de líquido no crânio, e agonizava. A avó da criança procurou Azevedo e disse que os médicos tinham informado que não havia mais esperança de salvar a menina e a família queria batizá-la. Na hora do batismo de Iza Bruna Vieira de Souza, o seu cérebro já estava ficando necrosado. O padre comentou com a família que era de Santa Catarina, a terra de uma beata milagreira, e propôs que todos rezassem para que ela intercedesse pela recém-nascida.A avó da criança conhecia a história de Madre Paulina. Tinha assistido pela televisão à beatificação da Madre, realizada um ano antes pelo Papa João Paulo II. Após cerca de 20 minutos a criança começou a mostrar os primeiros sinais de recuperação. Depois de quatro dias, os médicos que não acreditavam na possibilidade de salvação operaram Iza Bruna. A menina não apresenta nenhuma seqüela.