Registros que ficaram na história | |||||||||
Íntegra da carta-renúncia de Jânio Quadros / Ordem do general Orlando Geisel para bombardear o palácio / Íntegra do Manifesto dos ministros militares em relação à João Goulart / Hino da Legalidade / Partitura do hino / Os bilhetes / Um símbolo / Largo da Legalidade | |||||||||
"Fui vencido pela reação e assim
deixo o governo. Nestes sete meses cumpri o meu dever. Tenho-o cumprido
dia e noite, trabalhando infatigavelmente, sem prevenções
nem rancores. Mas baldaram-se os meus esforços para conduzir esta
Nação pelo caminho de sua verdadeira libertação
política e econômica, a única que possibilitaria o
progresso efetivo e a justiça social a que tem direito seu generoso
povo. Desejei um Brasil para os brasileiros, afrontando, nesse sonho,
a corrupção, a mentira e a covardia que subordinam os interesses
gerais aos apetites e às ambições de grupos ou indivíduos,
inclusive do exterior. Sinto-me, porém, esmagado. Forças
terríveis levantam-se contra mim e me intrigam ou infamam, até
com a desculpa da colaboração. Jânio Quadros. |
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Íntegra da ordem do general Orlando Geisel ao comandante do 3º Exército, Machado Lopes, para bombardear o palácio: 0945 – Foi recebido pelo III Ex a seguinte ordem do
Sr Ministro da Guerra (transmitida em fonia): 2. Faça convergir sobre PORTO ALEGRE toda a tropa do RIO GRANDE DO SUL que julgar conveniente, inclusive a 5ª. DI, se necessário. 3. Empregue a Aeronáutica, realizando inclusive bombardeio, se necessário. 4. Está a caminho do RIO GRANDE DO SUL uma força-tarefa, da Marinha. 5. Qual o esforço de tropa que necessita? 6. Aqui há um boato de que o Gen MURICY viria ao RIO. O Ministro da Guerra não quer acreditar nesta notícia e julga que o momento não é mais para parlamentar, mas requer ação firme e imediata. 7. O Ministro da Guerra confia em que a tropa do III Ex cumprirá o seu dever.>>
1030 – O Gen MURICY foi mandado ao RIO, para esclarecer a situação do Estado do RGS, particularmente em PORTO ALEGRE, bem como a das tropas nele estacionadas. 1100 – O Cmt III Ex comparece ao Palácio PIRATINI
para levar ao conhecimento do Governador BRIZOLA a decisão que vinha de
tomar, bem como solicitar ao Governador do Estado as providências necessárias
para que moderasse os atos de exaltação revolucionária que
vinha praticando, inclusive a devolução da Rádio GUAÍBA. |
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No cumprimento de seu dever constitucional de responsáveis
pela manutenção da ordem, da lei e das próprias instituições
democráticas, as Forças Armadas do Brasil, através
da palavra autorizada dos seus ministros, manifestam a Sua Excelência,
o Sr. Presidente da República, como já foi amplamente divulgado,
a absoluta inconveniência, na atual situação, do regresso
ao País do Vice-Presidente, Sr. João Goulart. Vice-Almirante Sílvio Heck, Ministro da Marinha - Marechal Odílio Denys, Ministro da Guerra - Brigadeiro-do-Ar Gabriel Grum Moss, Ministro da Aeronáutica. |
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Mensagens eram levadas ao ar pela Rede da Legalidade direto dos porões do Palácio Piratini. Dezenas de bilhetes chegavam diariamente. O funcionário do palácio João Brusa Neto era responsável por selecioná-los antes de ir ao ar. A triagem tinha o objetivo de evitar que a resistência legalista fosse interpretada como um movimento comunista. Qualquer manifestação que pudesse incitar à desordem e à violência era vetada.
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Espada banhada a ouro que o então comandante do 3° Exército (hoje Comando Militar do Sul), general Machado Lopes, recebeu do governo do Estado, em 14 de novembro de 1961, por ter se posicionado em favor da posse de João Goulart na Presidência da República. Está guardada em um cofre do Museu Júlio de Castilhos, na Rua Duque de Caxias, em Porto Alegre. Não está em exposição.
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Espaço entre a Praça da Matriz e o Palácio Piratini, onde, em final de agosto e início de setembro de 1961, milhares de gaúchos se concentraram para defender a posse de João Goulart na Presidência. Recebeu a denominação em 1986, na comemoração dos 25 anos do movimento. |
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