eleições 2008

 

 
21 de maio de 2024
 

| 22/06/2008 | 11h53min

Crise dominará campanha no RS, diz analista

Cientista política da UFRGS analisa cenários das eleições à prefeitura da Capital

A crise política que eclodiu no Rio Grande do Sul quatro meses antes das eleições municipais de outubro não deve modificar o atual quadro de alianças partidárias, mas certamente será um dos principais temas da campanha, prevê a cientista política Celi Pinto, diretora do Instituto de Filosofia e Ciências Humanas da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). "As eleições municipais, principalmente as de Porto Alegre, vão sofrer forte influência da crise", avalia.

O atual prefeito da capital, José Fogaça (PMDB), tem mais a perder com esse debate, pois é mais associado ao governo Yeda Crusius (PSDB), considera a cientista política, lembrando que a governadora recorreu aos quadros do município para compor sua administração. Nesta semana, ela anunciou a ex-procuradora-geral da prefeitura Mercedes Rodrigues para ser sua secretária-geral de Governo. Antes disso, já havia buscado Cezar Busatto (PPS), secretario de Coordenação Política de Fogaça, para ser o chefe da Casa Civil.

Busatto saiu do governo estadual no epicentro da crise, depois que uma conversa sua com o vice-governador Paulo Afonso Feijó (DEM) foi divulgada no dia 6 de junho, na qual aborda financiamento de campanha com uso de estatais. Fogaça ainda não assumiu oficialmente sua candidatura à reeleição.

Na diluição da crise, Yeda demitiu três assessores e instalou um gabinete de transição com representantes dos partidos aliados (PSDB, PMDB, PP, PPS e PTB). Apesar de sua ampla maioria parlamentar, a governabilidade de Yeda é prejudicada pela fragilidade do PSDB no Rio Grande do Sul, considera Celi, e pela carência de quadros que a permitam transitar com mais segurança entre os partidos aliados. Para Celi, embora a disputa municipal em Porto Alegre deva contar este ano com três mulheres candidatas à prefeitura, a questão de gênero não será significativa no debate eleitoral. O fato de mulheres atingirem postos de governo mostra que o País está menos machista, pondera ela, mas não deve assumir papel central na campanha.

 

AE

 

Leia mais no Especial Eleições 2008

Comente esta matéria

Notícias Relacionadas

Confira no eleicoes2008.com.br outras notícias relacionadas com esta matéria

Grupo RBS

Dúvidas Freqüentes | Fale conosco | Anuncie - © 2000-2008 RBS Internet e Inovação - Todos os direitos reservados.