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28 de março de 2024
 

Municípios do RS | 20/06/2008 | 16h20min

Oposição confirmará no domingo Schirmer e Farret à prefeitura de Santa Maria

Impasse está nas vagas para vereador. Parte da bancada do PMDB não quer concorrer junto com o PP na proporcional

Jaqueline Silveira | jaqueline.silveira@diariosm.com.br

Em 2004, eles estavam em lados opostos. Este ano, serão aliados. Neste domingo, a convenção do Frentão de Oposição vai sacramentar o deputado federal Cezar Schirmer (PMDB) e do ex-deputado estadual José Farret (PP) como pré-candidato a prefeito e vice, respectivamente, para Santa Maria. O bloco reúne ainda PSDB, DEM e PPS. A convenção ocorre a partir das 14h, no CPF Piá do Sul.

A oficialização da dobradinha é resultado de um trabalho político que começou a ser feito ainda em 2004, quando tanto Schirmer quanto Farret perderam a eleição para o prefeito Valdeci Oliveira (PT).

Naquele ano, as siglas adversárias à prefeitura chegaram, inclusive, a assinar documento para formar uma coligação, mas o compromisso ficou só no papel. Sem entendimento, Schirmer compôs com o PDT e o DEM, concorrendo ao lado do jornalista Vicente Bisogno (PDT).

Vicente, neste momento, está afastado da política. Já Farret se aliou ao PSDB, que indicou o vice: o advogado Ricardo Jobim, que também está afastado da política.

Quatro anos antes, em 2000, a cena não foi diferente. Schirmer e Farret disputaram a prefeitura, cada um de um lado. E ambos perderam.

As negociações para a formação do atual bloco de oposição não é recente, mas foi neste ano que ganhou forma. No começo de abril, Farret deu o aceno que falta para ser vice.

Com o PP de vice, a aliança ainda tinha um obstáculo para remover do caminho. O PSDB ensaiava lançar Jorge Pozzobom à prefeitura, uma vez que as relações com o restante do grupo havia estremecido, principalmente pelo fato de os tucanos ficarem fora da chapa majoritária.

Mas as negociações foram retomadas e Pozzobom acabou, no dia 30 de maio, abrindo mão da pré-candidatura em apoio ao frentão.

Vereadores

Resolvido os impasses da majoritária, os dirigentes das cinco siglas têm ainda um problema a administrar na eleição para vereadores. Para a Câmara, há duas frentes: PP e PMDB em um lado e PSDB, DEM e PPS em outra coligação.

Em cada uma delas, há 28 pré-candidatos. Só que parte da bancada do PMDB não quer os progressistas juntos, porque diminuiria as chances dos peemedebistas na conquista de cadeiras no Legislativo.

As conversas têm sido intensificados nos últimos dias. Contudo, ainda não há uma definição. Schirmer chegou na sexta-feira à cidade, e deve participar das negociações até domingo.

— Há uma pré-disposição da bancada (PMDB) em não aceitar (na proporcional), mas não há nada definido se estaremos juntos (com PP) ou separados — afirmou o presidente do PMDB, Renato Nicoloso.

Para o presidente do PP, Marcelo Dalla Corte, o impasse não passará deste sábado. O dirigente progressista argumentou que o PP já abriu mão da cabeça de chapa na disputa pela prefeitura, e que o partido não teria mais tempo de garimpar 14 novos nomes até domingo, dia da convenção.

— É uma questão de conversar — acrescentou Dalla Corte.

Independentemente do desfecho do impasse, os dois presidentes garantem que o Frentão de Oposição não corre nenhum risco de se desfazer.

 

 

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