O Partido Progressista (PP) pediu ontem a abertura de inquérito na Polícia Federal (PF) para investigar a suspeita de extorsão no caso Nei Silva, em Florianópolis. Após ler o livro "A Descentralização no Banco dos Réus" no final de semana, o presidente do partido, Joares Ponticelli, disse não lhe restar dúvidas de que houve publicidade indevida do governo em período pré-eleitoral, com participação da revista Metrópole.
Em entrevista coletiva, Joares disse ter convicção de que as denúncias contidas no livro, de autoria de Ivonei Raul da Silva, o Nei Silva, são contundentes e apresentam provas que podem ser facilmente averiguadas pela Polícia Federal. Em especial, porque o autor aponta ligações telefônicas com precisão de "data, dia e horário".
O presidente do PP recorreu à PF para fazer a denúncia por três motivos: por considerar que há indícios de crime eleitoral, de lavagem de dinheiro e a suposta presença de figuras muito próximas do atual secretário de Estado da Segurança Pública e Defesa do Cidadão, Ronaldo José Benedet, em irregularidades apresentadas no livro. Joares acredita que não há como a Polícia Civil estadual investigar o caso com isenção.
De acordo com a assessoria de imprensa da Polícia Federal, a denúncia apresentada pelo partido foi enviada ao delegado-executivo José Lara, que deve avaliar se o material é de competência da PF ou não.
A assessoria de imprensa da Secretaria de Segurança Pública afirmou que Benedet acredita que o pedido de Joares para passar a investigação da Polícia Civil estadual para a Polícia Federal não tem fundamento, por se tratar de um assunto estadual.
JORNAL DE SANTA CATARINA
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