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18 de abril de 2024
 

Eleições 2008 | 03/10/2008 | 06h10min

Um prefeito para uma capital hi-tech

Confira as propostas dos candidatos a prefeito para a área de tecnologia

Vanessa Nunes | vanessa.nunes@zerohora.com.br

Porto Alegre é uma cidade digital. Abaixo do solo, correm 325 quilômetros de fibra óptica, uma rede de transmissão de dados em alta velocidade que permite à Capital ser uma referência em tecnologia. Em alguns parques, há conexão sem fio gratuita para quem levar o laptop. No bairro Restinga, a internet chega pela rede elétrica.

Mas a cidade pode muito mais, pelo menos é o que ditam as promessas dos oito candidatos à prefeitura da Capital. Diante disto, Zero Hora não se contentou em ouvir as propostas de cada um dos oito candidatos, mas também mostra como a tecnologia que eles tanto pregam na administração pública está inserida em suas rotinas.

Conheça as propostas de cada um e teste seus conhecimentos:

 

 

JOSÉ FOGAÇA
Um ex-viciado em internet
José Fogaça posa para foto com o laptop no parque da Redenção, na Capital. O local foi escolhido por oferecer acesso à internet sem fio, implementado em sua gestão como prefeito. Em busca de reeleição pelo PMDB, quer mostrar que dá importância ao assunto.

— Sou muito afeito ao uso do computador — diz, para em seguida contar que se aprofundou no uso da máquina em seu primeiro mandato como senador, na segunda metade dos anos 80.

O computador hoje é o equipamento preferido até para ouvir músicas. Fogaça, 61 anos, sincroniza a agenda do celular com a do laptop por meio da tecnologia Bluetooth (sem fios), manda torpedos, mas não utiliza mensageiros instantâneos. Desde que assumiu a prefeitura, teve de reduzir o tempo online: 

— A internet é muito absorvente. O que faço é abrir os e-mails, repassar instruções ao secretário. Tem os caras que deixam de fumar, de beber, e eu deixei de ser viciado em internet — conta.
MANUELA D´ÁVILA
E-mails no celular
Manuela D´Ávila acorda e dorme ao lado de três celulares. Dois deles são smartphones, telefones com acesso à internet. Tem mais um BlackBerry, que deixou de lado em Brasília. O novo xodó é um modelo 3G da HTC com tela sensível ao toque e teclado como o de computadores.

— Foi por causa da internet, para poder ter meus e-mails o tempo inteiro comigo. Também tenho nele MSN (software de mensagens instantâneas), meus textos, a previsão do tempo. Acabo deixando o laptop fixo em casa por causa dos telefones — conta a deputada federal pelo PC do B.

Torpedos, iPod e umas passadinhas no YouTube de vez em quando para rir (dos vídeos engraçados que lá encontra) também fazem parte de sua rotina. Manuela, 27 anos, tem vários perfis no site de relacionamento Orkut. No MSN, conta com cerca de 800 contatos.
MARIA DO ROSÁRIO
Laptop na cozinha
O café da manhã divide a mesa com o laptop. Assim começa o dia da deputada federal Maria do Rosário, 41 anos. Em meio à disputa eleitoral pelo PT, precisa já estar de olho no material que a equipe envia e as primeiras notícias do dia.

Rosário tem acesso sem fio à internet por meio da banda larga via rede de celular. Recorre ao MSN para se comunicar com sua equipe, reduzindo custos de ligações. Vê o computador fundamentalmente como  equipamento de trabalho:

— A diversão é disputada no meu laptop com minha filha (Maria Laura, oito anos). Às vezes ela sai correndo com ele, mas fico muito de olho no que acessa — conta.

Já no celular, Rosário curte os mapas. Como papel de parede, a deputada exibe uma foto do aniversário da filha. Foi feita no próprio telefone.
NELSON MARCHEZAN JR.
Corujice online
Nelson Marchezan Jr. não só tem perfil no site de relacionamentos Orkut como a página está repleta de fotos de seu filho recém-nascido. Precavido, algumas só podem ser visualizadas pelos amigos.

O nascimento da criança também foi registrado em vídeo. Serviço terceirizado, conta o deputado estadual (PSDB), por receio de que algo desse errado e perdesse uma chance única.

— Vou procurar que meu filho seja muito bom em tecnologia, mas para trabalho. Vai crescer com o pé no barro, subindo em árvore — avisa.

Marchezan, 36 anos, não tem muito tempo para navegação online. Mas conta que é à internet que recorre quando planeja férias. Só lamenta ter tido o laptop pessoal roubado este ano em seu gabinete na Assembléia.

— Entraram pela janela. Tem câmeras de vídeo, mas elas não gravam. É um exemplo da inutilidade da tecnologia quando o ser humano não entende como usá-la — desabafa.
LUCIANA GENRO
Preparação via YouTube
Ao se preparar para os debates desta campanha, a deputada federal Luciana Genro (PSOL) cultivou um hábito que faz parte da rotina mensal de mais de 11 milhões de internautas residenciais brasileiros: navegou no portal de vídeos YouTube.

— Fui procurar outros debates, tanto municipal quanto presidencial, para ter alguns parâmetros, observar como se comportavam — conta Luciana, 37 anos.

O principal uso que faz do micro é para e-mails. Até tem laptop, mas não carrega para tudo que é canto. Para dar uma espiada em suas mensagens, chega a freqüentar cibercafés, como o escolhido para ser fotografada por ZH. Mas Luciana admite ter resistido bastante aos PCs.

— A gente brinca em casa que o computador não gosta de mim, seguidamente tranca. Aí o meu marido tem que me salvar, ou o Fernando (seu filho), porque não sei as manobras para voltar — relata.
ONYX LORENZONI
Unidos pelo videogame
Isabella, 6 anos, ajeita-se no colo do pai, Onyx Lorenzoni. Pietro, 14 anos, já aguarda com o joystick em mãos, preparado para mais partida em família no game de futebol Winning Eleven, no PlayStation.

— A gente brinca junto, até por parceria — afirma o deputado federal (DEM) de 54 anos.

Nas férias, o videogame viaja junto. Realizam campeonatos entre si _ Onyx tem outros dois filhos, mas é Pietro quem lhe mantém informado sobre os vídeos que estão fazendo sucesso na web.

— Seguido ele me manda: ó pai, vê não sei o que no YouTube — recorda.

O deputado também usa a tecnologia para trabalho, ver planilhas, trocar e-mails. Mas para se comunicar com a equipe, porém, prefere os torpedos.

— Não tenho MSN e Orkut. Mas meus filhos usam, me mostram.
VERA GUASSO
Entre códigos-fonte
Antes de ser sindicalista, Vera Guasso, 45 anos, foi programadora. Trabalhou com Visual Basic e linguagem Natural. Mas faz tempo que já não lida com códigos-fonte, aprendizado que obteve em cursos internos no Serpro, de onde está licenciada há cerca de quatro anos.

Às voltas com a candidatura pelo PSTU, o laptop novo ainda carece de configurações. Falta tempo. Para Vera, o equipamento tecnológico indispensável é o celular. Nele escuta rádio, músicas baixadas da internet e faz fotos _ no dia em que conversou com ZH, havia 198 imagens na memória do aparelho, incluindo cenas de manifestações e de seus gatos.
CARLOS GOMES
Um entusiasta da tecnologia
Carlos Gomes, 66 anos, usa um computador de última geração, mas também tem uma coleção de máquinas obsoletas. Isso porque costuma trocar periodicamente os micros por mais potentes. Em seu escritório de advocacia, o PC entrou nos anos 80.

— Tinha juízes que não queriam nem receber as minhas petições, mas eu era um obstinado por isso — recorda Gomes, um antigo defensor da criação de um trem bala entre Porto Alegre e o Litoral.

Do mouse, porém, não é adepto. Rapidamente quer aprender quais são as teclas de atalho, conta. Além de e-mail e MSN, com quem conversa com os clientes, também é adepto do Skype, que permite conversar com fones de ouvido e microfone sem custos. O advogado, candidato à prefeitura pelo PHS, gosta mesmo é de fazer vídeos:

— Um dia ainda vou filmar com o Blu-ray (tecnologia que sucede o DVD) — brinca.

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