No bar do Quioski, tradicional ponto de encontro e discussões políticas de Gravataí, o assunto ontem era só um.
— E o Bordignon, hein? — perguntavam-se os freqüentadores, entre um cafezinho e outro.
A decisão do Tribunal Regional Eleitoral (TRE) de manter o veto à candidatura do deputado estadual Daniel Bordignon (PT) à prefeitura tornou a disputa no município — governado pelos petistas há 12 anos — um verdadeiro caldeirão.
Um dia depois da derrota na Justiça, o candidato foi às ruas a fim de tentar diminuir os estragos da impugnação junto aos eleitores. Com todas as fichas apostadas no recurso encaminhado ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o ex-prefeito por dois mandatos produziu um panfleto com explicações sobre o processo que responde no TRE e reforçando que a sua campanha continua.
— A população me conhece e sabe que no que está sendo debatido não houve dolo, mas apenas um erro formal. Estamos sendo injustiçados, e as
pessoas sempre ficam a favor dos injustiçados. Não
existe nenhum plano B — afirmou o parlamentar.
No outro lado do front, os concorrentes se armam para aproveitar o desgaste. O vereador Jones Martins, candidato do PMDB, esperava na noite de ontem material de campanha que apontava a impugnação do oponente.
— É claro que essa situação nos dá impulso. Nosso desafio agora é mostrar para os eleitores que ele está cassado — ressaltou o peemedebista.
O ex-prefeito Edir Oliveira (PTB), que tenta retomar o cargo, diz que a decisão do TRE é um ingrediente importante na disputa.
— Quem arranca grande na política dificilmente segura até o fim — disse Edir.
A manutenção do veto reforçou o racha no PT de Gravataí. De um lado estão os militantes que apóiam Bordignon, e de outro, os que defendem a desistência do deputado em favor do prefeito Sérgio Stasinski.
ZERO HORA
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