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eleições 2008

 

 
7 de maio de 2024
 

Porto Alegre | 21/07/2008 | 08h32min

Campanha tímida em Porto Alegre

A 76 dias do pleito municipal, os postulantes à prefeitura da Capital ainda não lançaram propaganda eleitoral na rua

Quinze dias após o início oficial das campanhas para as eleições municipais de outubro, a propaganda eleitoral ainda não tomou as ruas de Porto Alegre.


Por estratégia dos candidatos e motivos financeiros, partidos e coligações apostam no método mais simples de convencimento do eleitor – o conhecido corpo-a-corpo – como alternativa para o período que antecede aos programas de rádio e TV.


A pintura de muros e paredes de propriedades particulares, disputadíssimos em campanhas passadas, ainda não esquentou na Capital. Um exemplo é o muro do Instituto Pão dos Pobres, tradicional ponto de divulgação.


Embora alguns candidatos a vereador já tenham feito reservas, ninguém se animou a fazer propaganda no local. Segundo Lia Bocaccio, integrante da área de captação de recursos do Pão dos Pobres, a procura está baixa para a época.


– Estamos estranhando. Em julho, em campanhas anteriores, os muros já estavam pintados – diz.


Lia conta ainda que dois candidatos à Câmara de Vereadores da Capital chegaram a pintar suas propagandas, mas apagaram os escritos temendo punição. Ainda que essa divulgação seja permitida pela Justiça Eleitoral, há uma certa insegurança jurídica relacionada a esse tipo de propaganda.


Propaganda deve começar a aparecer na próxima semana


Entre as coordenações de campanha dos principais candidatos, as explicações para a apatia das candidaturas na arrancada são diversas. Onyx Lorenzoni (DEM) despendeu boa parte de seu tempo arredondando o plano de governo. Uma vez concluída esta etapa, a coordenação de Onyx já encomendou material gráfico e irá para a rua esta semana.


– No caso dos muros, não são muito do agrado do Onyx. Mas a partir desta semana os candidatos a vereador e os militantes vão começar a receber o material – afirma Roque Jacoby, representante do DEM no conselho que coordena a campanha de Onyx.


No caso do prefeito José Fogaça (PMDB), que concorre à reeleição, a opção foi pela aproximação com os candidatos a vereador. Conforme Clóvis Magalhães, coordenador de campanha de Fogaça, o prefeito e sua equipe estão empenhados em municiar apoiadores de dados sobre o governo. A aposta é que, na reta final, uma militância engajada possa fazer a diferença na caçada aos votos dos indecisos.


– Nossa postura é diferente, a dinâmica para a reeleição tem de ser outra – afirma Magalhães.


Nas hostes petistas, a coordenação da campanha de Maria do Rosário (PT) não quer perder tempo, aproveitando para apresentar as plataformas da candidata desde a largada. Como Rosário já exerceu mandatos nas três esferas do Legislativo, o partido considera que ela é conhecida o suficiente - o que dispensaria o inevitável período de apresentação do histórico dela. Rosário, que tem preferência pelo contato direto com o eleitor, fez caminhadas no sábado. No domingo, o tempo instável atrapalhou o corpo-a-corpo.


Fixação de número
não será prioridade

Juliano Corbellini, que integra a coordenação de marketing de Manuela DÁvila (PC do B), considera que o eleitor já está integrado à urna eletrônica e outras inovações eleitorais. Antes, as campanhas tinham de gastar tempo para fixar o número do candidato. Quanto à apresentação dos candidatos, Corbellini discorda dos petistas.


– Nenhum candidato pode ter a presunção de pular a apresentação. O político mais conhecido do Brasil, que é o Lula, não deixou de apresentar a sua vida em 2002 – relembra.

 

ZERO HORA

 

Comentários

Larissa Braga

Denuncie este comentário24/07/2008 20:02

Como publicitária, pude obsevar um certo "medo" dos candidatos se exporem, isto não só em POA, mas também em outros municípios. Por parte dos meios de comunicação isto também é visível, pois as multas para quem não obedece as novas regras da legislação eleitoral são muito altas.


jose carlos

Denuncie este comentário21/07/2008 18:47

Lamentável é tu votar num candidato (a) para deputado federal e ve-lo de volta 2 anos depois, querendo ser prefeito.Tenho a certeza que quem votou nos 4 deputados federais candidatos a prefeito, está se sentindo um babaca, como eu estou!!!

Fernando Gomes, ZH  / 

Maioria dos muros ainda não foi utilizado pelos candidatos

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