Com o término do prazo para as convenções partidárias previsto para esta segunda-feira, os candidatos a prefeito de Porto Alegre concentram sua atenção nas estratégias de campanha. No centro dos debates, está o fim da polarização entre dois concorrentes.
Recorrente em outros pleitos, o fenômeno interessa à deputada Maria do Rosário (PT) e ao prefeito José Fogaça (PMDB), candidato à reeleição. Ambos, porém, foram surpreendidos por um novo quadro provocado pela fragmentação da esquerda.
Antes, o PT corria praticamente sozinho liderando a antiga Frente Popular. Desta vez, a legenda terá de dividir o eleitorado cativo com as deputadas Luciana Genro (PSOL) e Manuela D'Ávila (PCdoB). A segmentação pode impedir o alinhamento automático dos petistas em uma das extremidades da polarização e, por conseqüência, eliminar também a posição do contraponto, almejada por Fogaça. A dualidade PT e anti-PT não será mecânica.
– Não há garantia de vaga no segundo turno. Qualquer um dos principais candidatos pode vencer – afirma o cientista político Paulo Moura.
Fogaça e Rosário lutam para impedir que a interpretação de Moura se torne realidade. O coordenador da campanha da petista, Cícero Balestro, aposta na tradição do partido, que governou a cidade por 16 anos, como garantia da polarização. O núcleo de Fogaça acredita que Rosário será a principal adversária. Um dos principais assessores do prefeito, o secretário de Gestão, Clóvis Magalhães, diz que a campanha irá mostrar avanços em relação às administrações do PT.
Um meio de campo embolado interessa a Luciana, a Manuela e ao deputado Onyx Lorenzoni (DEM). É a chance de impedir grandes vantagens entre um candidato e outro. O publicitário Fábio Bernardi, que trabalhou na campanha de 2004, acredita que todos os concorrentes são fortes, o que exigirá uma largada certeira:
– Quem errar a mão no início talvez não tenha tempo de se recuperar.
ZERO HORA
Dúvidas Freqüentes | Fale conosco | Anuncie - © 2000-2008 RBS Internet e Inovação - Todos os direitos reservados.