O advogado Ricardo Gallotti, que assumiu nesta quinta-feira, 5, a defesa do empresário Ivonei Raul da Silva, afirmou que a prisão foi "uma armação" e garantiu que Silva tem como provar as denúncias que faz no livro A Descentralização no Banco dos Réus.
Nei Silva, como é conhecido o empresário, está preso desde a segunda-feira em Florianópolis, suspeito de tentar extorquir integrantes do governo do Estado,
Gallotti esteve na tarde de quinta-feira na sede da Diretoria Estadual de Investigações Criminais (Deic), onde o empresário está preso, com objetivo de obter uma cópia do inquérito policial. Ele classificou de "absurda" a acusação de tentativa de extorsão.
Após analisar o inquérito, o advogado vai ingressar com pedido de habeas corpus para tentar tirar o empresário da cadeia.
De acordo com Gallotti, desde o ano passado Nei Silva vinha tentando cobrar uma dívida de R$ 1,4 milhão que
diz ter com o governo. A suposta dívida teria sido originada em um
contrato verbal feito nos meses que antecederam a eleição de 2006.
Ainda conforme o acusado de extorsão, o governo só teria pago R$ 120 mil, em três parcelas. O restante, Silva diz que vem tentando cobrar desde o final de 2006.
Como contraiu dívidas, o empresário diz que teve de fechar a revista e ainda foi multado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Por isso teria incorporado "lucros cessantes" à dívida.
— Eu mesmo sugeri a ele (Nei) que tentasse fazer uma cobrança amigável, porque na Justiça ia demorar seis, sete anos — afirmou Gallotti, que assegurou ter "ajudado" Silva na confecção da interpelação.
Segundo o advogado, a interpelação extrajudicial foi encaminhada em nome do governador Luiz Henrique da Silveira em setembro do ano passado.
Empresário acusado defende instalação de CPI na AL
Algemado na sala do delegado Renato Hendges, Nei
Silva defendeu a instalação de uma CPI na Assembléia Legislativa.
— É muito
importante uma CPI para que os fatos sejam apurados com isenção — salientou Nei.
Nas 355 páginas do livro, o pivô do processo de cassação que o governador responde no TSE, acusa integrantes do Executivo e de prefeituras de pagar "reportagens" com dinheiro público para driblar uma decisão judicial que proibiu publicidade institucional às vésperas da eleição.
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