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eleições 2008

 

 
7 de dezembro de 2025
 

Legislação | 03/06/2008 | 08h34min

20 cassados por infidelidade não recorrem ao TSE

Dois parlamentares conseguiram reaver cadeiras nas Câmaras

Atualizada às 08h42min

Dos 63 vereadores gaúchos cassados por infidelidade partidária pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE) desde janeiro, pelo menos 20 decidiram não recorrer ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para recuperar o mandato. A maioria vai concorrer no pleito de outubro e espera reconquistar os votos dos eleitores.


É o caso de Antônio Arilene Pereira, de Guaíba. Vereador em quinto mandato, ele perdeu a cadeira na Câmara por ter saído do PMDB e ingressado no PTB após o dia 27 de março de 2007. Essa foi a data na qual o TSE definiu que o mandato pertence ao partido, e não ao parlamentar, e foi desde então considerada como limite para troca de legenda por deputados e vereadores. Arilene acredita que não vale a pena recorrer da decisão do TRE:


- Sou um cara antigo e não era consultado para nada pela prefeitura (sob o comando do peemedebista Manoel Stringhini). Vou esperar a próxima eleição - afirma o ex-vereador.


Paulino Azevedo, de Três Forquilhas, aceitou a cassação imposta pelo TRE por não acreditar em vitória em instância superior. O ex-vereador se diz consciente de ter trocado o PP pelo DEM após o prazo legal:


- Voltei ao meu partido de origem sabendo que corria riscos. Agora, estou analisando. Posso ser candidato a prefeito.


Nem todos os cassados têm a mesma posição: 32 esperam retomar o assento na Câmara a partir do apelo ao TSE. A maior parte dos descontentes alega ter sido vítima de perseguição política, mesmo argumento usado durante o processo no TRE. Ex-vereador de Canoas, Laércio Fernandes afirma que passou a sofrer ataques no PSDB depois de ter feito críticas à administração do prefeito tucano Marcos Ronchetti por conta do escândalo da merenda escolar.


- Vi coisas que não me agradaram e passei a ser a ovelha negra - diz Fernandes, que está no PTB.


Outra forma de tentar recuperar o mandato é apontar uma brusca mudança de rumo no partido original. É o argumento usado por José Waldir Garcia Oliveira, de Eldorado do Sul. Ele diz que trocou o PMDB pelo DEM porque os peemedebistas passaram a apoiar o prefeito Ernani Gonçalves (PDT).


Até o momento, o TSE concedeu liminares contra decisões do TRE sobre perda de mandato por infidelidade em apenas dois casos.

 

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