Nos próximos dias, a imagem de vereadores carregando pilhas de papel com projetos e proposições a serem apresentadas nas sessões em São Leopoldo, no Vale do Sinos, serão coisa do passado. Estão em fase de instalação, 13 monitores que passarão a funcionar no plenário da Casa. Em vez de folhear os calhamaços de papel, os legisladores agora passarão a rolar a tela.
A informatização do processo legislativo foi aprovada por unanimidade em plenário e custou R$ 60 mil. Além dos computadores, um sistema de intranet chamado Vistar foi adquirido, permitindo que os vereadores acessem seus projetos de qualquer computador por meio de uma senha.
– Não sou perito, mas estou aprendendo a tirar proveito da máquina _ brinca o vereador Genésio Fernandes Monteiro (PP), comparando o avanço aos tempos em que se batia projetos na máquina de escrever.
Mais do que agilizar o trabalho, a informatização também deverá gerar
economia aos cofres públicos. A administração da Câmara projeta
poupar R$ 40 mil anuais com o corte de gastos com xerox e impressões. Quem também agradece é o ambiente. O uso dos computadores deve baixar em 80% a média de 25 mil fotocópias mensais que circulam pelos gabinetes.
A inspiração para a mudança veio de Câmaras com sistemas semelhantes, como Caxias do Sul e Gramado, na Serra. Na Capital, o plenário não tem computadores instalados, mas disponibiliza rede wireless (conexão de internet sem fio) para quem quiser levar seu notebook para a sessão.
A diferença é que, em São Leopoldo, os computadores foram instalados no plenário. Quem assistir às sessões também poderá ler os projetos na íntegra, reproduzidos em um telão. O próximo passo é modernizar as votações, que em breve serão computadas em um painel eletrônico. Ainda é possível estreitar o trabalho com a prefeitura, que segue enviando os projetos do Executivo no formato impresso.
– Diria até que estamos
atrasados. Isso já deveria ter acontecido antes. Eu sou
empresário e já estou acostumado com a tecnologia, mas vai ter colega que vai precisar de tempo até perder o medo – acrescenta o vereador Ademir Wilson de Cesaro (PP).
Mesmo aprovado por unanimidade, o processo de modernização do Legislativo assustou vereadores veteranos, como o presidente da Casa, Nestor Schwertner (PT). Pouco habituado ao computador, confessa que ainda passa por maus bocados tentando decifrar a máquina. Para ajudar no processo, os vereadores têm recebido assessoria da empresa que desenvolveu o software.
–Toda mudança gera um desconforto. Mas isso até a gente se acostumar – admite Schwertner.
Vereador mais novo entre os 13 legisladores, Daniel Daudt Schaefer (PMDB) já está ambientado às novas tecnologias e, desde que foi eleito, incentivava a aprovação do projeto de informatização.
– A gente está acostumado a ver os vereadores
com calhamaços de papel embaixo do braço. Acho que alguns vão demorar para mudar essa mentalidade,
mas isso até descobrirem como é muito mais rápido ter acesso a um projeto – comenta.
Para acessar o trabalho dos vereadores, basta acessar www.camarasaoleopoldo.rs.gov.br
VALE DOS SINOS/CASA ZERO HORA
| Câmara de São Leopoldo |
| Os números do investimento |
|---|
| Foram investidos R$ 60 mil na compra de computadores e software. O processo de compra foi por meio de pregão eletrônico |
| A manutenção do sistema custará R$ 1,3 mil mensais |
| A informatização deve gerar uma economia de R$ 40 mil anuais à Câmara, que reduzirá em 80% a média mensal de 25 mil xerox e cópias impressas |
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