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eleições 2008

 

 
20 de dezembro de 2025
 

| 24/03/2008 | 00h10min

Lula: "Estou trabalhando com muita vontade de fazer minha sucessão"

Presidente concedeu entrevista ao programa Em Questão, da TV Gazeta

Numa entrevista de cerca de 45 minutos ao programa Em Questão, da TV Gazeta, que foi ao ar na noite de domingo, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva se declarou em campanha para eleger o sucessor, afirmou que hoje "é impossível" uma aliança nacional entre PT e PSDB e alfinetou o antecessor Fernando Henrique Cardoso.

— Se alguém acha que, pelo fato de que não sou candidato, não vamos ganhar as eleições (presidenciais, em 2010), pode começar a se preocupar — disse Lula à jornalista Maria Lydia, que apresenta o programa.

E acrescentou:

— Eu estou trabalhando com muita vontade de fazer a minha sucessão, muita vontade. Não é à toa que impediram a aprovação da CPMF.

Ao analisar a aproximação entre o PT e o PSDB em Estados como Minas Gerais e Bahia, o presidente descartou enfaticamente uma aliança com os tucanos.

— O fato de o Aécio (Aécio Neves, governador de Minas Gerais) estar fazendo acordo com Pimentel (Fernando Pimentel, prefeito de Belo Horizonte) não significa que também seja aceito pelo PT — avaliou.

O presidente ironizou a divisão do PSDB e insinuou que pode apoiar um candidato presidencial de fora do PT:

— Na hora que vai para a disputa, o PSDB já tem dois candidatos. Dizem que tem três: o (José) Serra, o Aécio e o (Geraldo) Alckmin. Eu não tenho nenhum candidato. Acho que a base que sustenta o governo tem de lançar candidatura. Vamos conversar depois das eleições municipais. Os partidos não têm de esperar pelo presidente, têm interesse próprio.

Numa provocação velada a FH, Lula disse que tem uma boa relação com a maior parte do PSDB:

— Teoricamente era para o PT ter uma belíssima relação com o PSDB. Eu tenho boa relação com Serra, com Aécio, com todos os governadores do PSDB. Trato eles com o maior carinho. Pode pegar a questão do PAC, a transferência de recursos do governo federal. Eu estou fazendo com o Serra o que o Fernando Henrique não fez com Mário Covas, que era do mesmo partido.

O presidente também assegurou que não almeja um terceiro mandato:

— Mais do que ético, é um valor democrático (não desejar a terceira eleição consecutiva). A gente não pode brincar com a democracia. Ora você está bem, ora está mal. Sou contra. Só quer o terceiro mandato quem não sabe o que é o tamanho e o peso de governar este país. Era contra uma reeleição. Fui candidato (à reeleição) porque a lei foi aprovada. Acho que chega.

 

ZERO HORA

 

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