Nos próximos quatro anos, o governo contratará 23,93 mil professores e técnicos para as universidades federais e outros 21,73 mil às escolas técnicas federais, num investimento que fará a folha de pagamentos crescer em R$ 717 milhões por ano. A abertura recorde de vagas faz parte do Programa de Apoio a Planos de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais (Reuni), em que serão investidos R$ 2,4 bilhões até 2012.
Para tentar ampliar o espaço das federais no ensino superior - hoje, na maioria, nas mãos de instituições privadas -, o Ministério da Educação (MEC) prometeu recursos às instituições de ensino superior em troca de metas específicas de ampliação de vagas. Na graduação, a intenção é aumentar das atuais 134 mil para 227,6 mil o número de vagas nos vestibulares, um aumento de 70%. O número de matrículas cresceria 66%.
Mas é nos cursos noturnos que o MEC pretende ver o maior incremento. Em 2002, havia apenas 426 cursos noturnos nas universidades federais.
A projeção é que alcance
1,30 mil em 2012, com um aumento de 247% no número de vagas no vestibular, chegando a 79 mil. As universidades federais tiveram de aderir ao projeto e apresentar propostas de expansão para fazer jus aos recursos e à contratação de professores. Além das metas de criar novos cursos noturnos, terão de ampliar a proporção de professores por aluno dos atuais 12 para 18 e dedicar mais cursos às licenciaturas nas áreas de exatas.
Os planos apresentados pelas instituições prevêem um crescimento de 97% no número de vagas nas licenciaturas em matemática, 153% em biologia, 196% em química e 152% em física. "Precisamos formar 150 mil professores até 2012. Esse crescimento vai, exatamente, na linha em que queríamos", afirmou o secretário de Ensino Superior do ministério, Ronaldo Mota.
AE
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