A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, disse ontem em São Paulo que o governo estuda criar um mecanismo de auxílio aos trabalhadores de baixa renda da Amazônia que hoje trabalham em atividades ilegais, como na extração de madeira sem autorização.
— Estamos trabalhando na proposta de uma bolsa de serviços ambientais para os que ficarão desempregados saírem dessas práticas ilegais — afirmou.
Segundo ela, o mercado não tem capacidade hoje para absorver os empregados que trabalham em serrarias ilegais na Amazônia.
— Perguntei para um prefeito quantas serrarias havia ali. "Setecentas". Quantas o senhor tem agora? "270". Perguntei para o pessoal da parte técnica: Há suporte para 270? "Não.”
O plano é uma reação a conflitos ocorridos na semana passada em Tailândia (PA). Madeireiros autuados por extração ilegal mobilizaram a população para evitar a retirada da madeira pelo Ibama.
— Aquelas pessoas são,
na maioria das vezes, incitadas a se colocarem contra a
fiscalização.
A ministra defendeu o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que há 15 dias disse que a “Amazônia não é um santuário”. Segundo ela, Lula defendia um modelo de desenvolvimento sustentável.
— A visão retrógrada, que acha que se pode sacrificar os recursos de milhares de anos pelo lucro de apenas alguns anos, é ainda forte na Amazônia. Mas hoje você não tem mais a resistência — disse.
AE
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