Hillary Clinton e Barack Obama voltarão a se enfrentar nesta terça-feira em uma nova batalha pela candidatura democrata nas eleições presidenciais de novembro, desta vez na cidade de Washington e nos Estados vizinhos de Maryland e Virginia, onde as pesquisas apontam o senador como favorito.

As primárias de hoje acontecem em distritos com forte presença de afro-americanos, os quais vêm apoiando majoritariamente Obama. Nestas "primárias do Potomac", como foram batizadas em referências ao rio que corta os três Estados, as pesquisas indicam vitória ao senador.

Segundo a pesquisa da rede MSNBC, Obama tem 53% de Maryland, contra 35% de Hillary, e 53% contra 37% em Virginia. Já a rede ABC prevê Obama vencedor com 52% em Maryland, contra 33% de Hillary. No distrito de Columbia, que engloba a cidade de Washington, o peso da comunidade negra também aponta para uma vitória de Obama.

A senadora, por sua vez, parece resignada a perder Maryland, mas até o último momento fez campanha em Virginia, onde, no entanto, o governador, o democrata Tim Kaine, expressou apoio público por seu rival. O favor foi pago antecipadamente por Obama, que - em declarações de rádio - disse que Kaine estará em sua lista de possíveis ministros caso chegue à Casa Branca.

Obama acaba de ganhar as primárias em outros quatro estados no fim de semana — Washington, Louisiana, Nebraska e Maine — e já superou o número de delegados conquistados por Hillary nas internas do partido até agora. Contando o apoio dos super-delegados, altos burocratas do partido que podem votar na Convenção do Partido Democrata, em agosto, sem ter sido eleitos nas primárias, Hillary ainda está na frente, mas com uma vantagem cada vez menor.

Segundo a última contagem da CNN, a senadora soma 1.148 delegados, contra 1.121 de seu rival de Illinois. No embate de delegados comuns, Obama possui 943 contra 895. A ex-primeira-dama, graças em grande parte ao controle do aparato partidário que semeou durante o mandato de seu marido, Bill Clinton (1993-2001), contaria com mais apoio dos "super-delegados", mas até nesse terreno a luta está acirrada.