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20 de dezembro de 2025
 

| 30/01/2008 | 18h36min

Houve "alarde" em anúncio de desmatamento, diz Lula

Ministério do Meio Ambiente apontou que área atingida tem 7 mil quilômetros quadrados

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse nesta quarta-feira não acreditar que o país esteja passando por um novo surto de desmatamento. Ele afirmou que houve "alarde" na divulgação de números do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais), na semana passada. Sem citar a ministra Marina Silva, Lula criticou o Ministério do Meio Ambiente e as organizações não-governamentais, e disse que não se pode culpar a agropecuária, os produtores de soja e os sem-terra assentados pelo aumento do desmatamento na Amazônia.

— Não dá para culpar ninguém — ressaltou.

Ao criticar o ministério, que divulgou na quarta-feira passada os dados do Inpe, o presidente admitiu que os números do desmatamento estão "sob investigação" e anunciou ter pedido à ministra para convidar os governadores para uma reunião em Brasília, ainda sem data definida. Para Lula, o fato de que houve um aumento do desmatamento no último trimestre do ano passado, comparado ao mesmo período de 2006, não quer dizer que, na conta do ano inteiro, o ocorrido em 2007 tenha crescido em relação ao ano anterior.

— A questão é que a Amazônia não permite descuido — disse.

Expansão

A ministra anunciou na semana passada que o Inpe havia detectado uma expansão do desmatamento nos últimos cinco meses do ano passado. Pelos cálculos dela, o desmatamento pode ter atingido cerca de 7 mil quilômetros quadrados no período. Essa área foi projetada a partir dos dados do Inpe, recolhidos pelo Sistema de Detecção do Desmatamento em Tempo Real (Deter), que registrou 3.233 quilômetros quadrados de mata derrubada entre agosto e dezembro.

Em entrevista concedida ao final de almoço solene oferecido no Itamaraty ao presidente do Timor Leste, José Ramos Horta, Lula rejeitou a associação direta entre a ampliação da fronteira agrícola e o desmatamento.

— É preciso investigar. Mas todos que promoveram queimadas ilegais devem receber um duro processo, perder inclusive a propriedade — sugeriu.

O presidente afirmou ainda que "vai comprar briga" com as organizações não-governamentais se elas insistirem em ligar o crescimento da agricultura ao desmatamento. Segundo ele, há dados que mostram que a soja cresce "sem precisar derrubar árvores".

 

AE

 

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