O Sindicato de Roteiristas Americanos (WGA), em greve desde 5 de novembro, rejeitou pedidos para permitir que os redatores trabalhem nos textos das cerimônias de entrega dos prêmios Globo de Ouro e Oscar.

A confirmação foi feita por Patric Verrone, presidente do WGA na costa oeste americana, mediante um comunicado no qual rejeitou as solicitações feitas pela Associação da Imprensa Estrangeira em Hollywood e pela Academia de Artes e Ciências Cinematográficas.

A Associação da Imprensa Estrangeira pediu um acordo interino ao WGA que permitisse aos roteiristas preparar o material para a 65ª edição do Globo de Ouro, que ocorrerá em 13 de janeiro no hotel Beverly Hilton de Los Angeles.

Já a Academia de Artes e Ciências Cinematográficas solicitou o uso de imagens de filmes e das últimas edições do Oscar para serem exibidas durante a cerimônia de 24 de fevereiro.

— Os roteiristas estão ocupados em uma luta crucial para conseguir um acordo coletivo que proteja agora e no futuro seus direitos à propriedade intelectual e suas indenizações — disse Verrone em resposta às duas entidades.

A disputa entre roteiristas e produtores tem como base o valor que os redatores recebem pela venda das séries de televisão em DVD, prática que gera receitas substanciais para os estúdios, e também pela exibição das séries na internet.

Para o sindicato, abrir exceções à paralisação que se mantém há sete semanas não ajudaria a alcançar o objetivo. Os esforços para resolver a greve de roteiristas de Hollywood foram interrompidos há dez dias, após dias de negociações.