O secretário-executivo da Conferência da ONU sobre a Mudança Climática, Yvo de Boer, se disse hoje preocupado com as negociações e afirmou que o processo pode desmoronar "como um castelo de cartas". Ao meio-dia de sexta-feira será encerrada a reunião em Bali.
— Se até lá não fizermos o trabalho necessário para o futuro, então tudo cairá como um castelo de cartas — disse o holandês De Boer numa entrevista coletiva.
Em meio as posturas divergentes dos Estados Unidos, da União Européia e das nações em vias de desenvolvimento sobre a redução das emissões de dióxido de carbono, um pequeno grupo de ministros, liderado pela Indonésia, se reuniu ontem para analisar todos os assuntos pendentes.
— Estamos numa situação de tudo ou nada — disse De Boer.
Ele ressaltou que os ministros terão que terminar sua missão a tempo, para que as delegações possam analisar os documentos. De Boer explicou que há vários obstáculos para o estabelecimento
de uma estratégia que sirva de base às
negociações de um novo acordo sobre mudança climática. Um deles é o desacordo sobre o "nível de ambição" dos países ricos e pobres. Outro tema polêmico é a transferência de tecnologia às nações em vias de desenvolvimento. O secretário-geral também mencionou o problema da ajuda financeira para medidas de adaptação.
EUA não querem fixar cotas de emissões
Os EUA não querem fixar cotas para suas emissões de dióxido de carbono. A UE quer que todos os países sigam seu exemplo de cortes obrigatórios, enquanto China e Índia, como líderes das nações emergentes, transferem a responsabilidade pelo aquecimento global aos países industrializados.
Os países em vias de desenvolvimento, em geral, consideram que os industrializados devem financiar a luta e ajudar a superar os efeitos negativos da mudança climática.
EFE
Dúvidas Freqüentes | Fale conosco | Anuncie - © 2000-2008 RBS Internet e Inovação - Todos os direitos reservados.