A Costa Rica flexibilizou sua postura e não exigirá, durante as negociações sobre o
desmatamento em Bali, um pagamento adicional pelos programas de conservação das suas florestas.
— É um ótimo sinal — disse Gustavo Ampugnani, um porta-voz da seção mexicana do grupo ambientalista Greenpeace. Ele confirmou que a delegação costarriquenha desistiu de bloquear a adoção das Emissões Reduzidas de Desmatamento e Degradação (REDD).
As REDD propõem transformar a economia de dióxido de carbono conseguido através de programas de conservação das florestas num bem trocável por dinheiro.
— Esperamos que a Costa Rica mantenha a postura e promova um acordo que dê mais recursos aos países pobres para conter o desmatamento e reduzir a poluição gerada pela destruição e degradação das florestas — acrescentou Ampugnani.
O mecanismo é uma das recomendações do Greenpeace para Bali. A Indonésia, o país anfitrião da Conferência da ONU
sobre a Mudança Climática, e que sofre a maior taxa de
desmatamento mundial, defende as REDD.
O Greenpeace denunciou ontem que um pequeno grupo de países, entre eles Costa Rica e Índia, estavam "diluindo" os esforços para lutar contra o desmatamento em Bali, ao exigir indenizações pelos programas de conservação de suas florestas.
Ampugnani ressaltou que o grupo não se opõe à conservação, mas considera que agora as negociações devem se centrar em combater a destruição e a degradação das selvas. A conservação, explicou, deve ser tratada não em Bali, mas na Convenção sobre Diversidade Biológica.
Representantes de 190 países debatem em Bali as bases das negociações para estabelecer um novo acordo contra a mudança climática que substitua o Protocolo de Kioto.
EFE
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