Fernanda Vasconcellos e Thiago Rodrigues são os protagonistasFoto: TV Globo |
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Fernanda Vasconcellos e Thiago Rodrigues já foram par romântico em Malhação, logo no início da carreira, e em Páginas da Vida, novela na qual atravessaram um dramalhão e conquistaram fama – o personagem do bonitão abandonou a jovem Nanda, papel dela, grávida, e a moça morreu ao dar à luz gêmeos. Agora, a história é outra. Com uma pegada bem-humorada, os dois vão interpretar os mocinhos da próxima trama das sete, Tempos Modernos, que estreia nesta segunda-feira.
É a primeira vez que Rodrigues se aventura em comédia. Fernanda também faz sua estreia no gênero.
– Temos cumplicidade. Mas, ao mesmo tempo, tivemos de reinventar um terceiro casal, e acho que rolou. Eu diria que foi a parte mais complicada: criar um casal
completamente diferente – diz ela.
Para participarem da novela de Bosco Brasil, os dois, além de estudarem comédia, tiveram de aprender lutas marciais e praticar esportes de aventura. Fernanda será
Nelinha, uma jovem astrônoma herdeira de grande fortuna e fã de esportes radicais. Thiago viverá Zeca, um engenheiro contratado pelo pai da moça, interpretado por Antônio Fagundes, para protegê-la. Com o passar do tempo e a convivência forçada, os dois se apaixonam, ao estilo gato e rato. Um romance bem à moda de Dafne (Flávia Alessandra) e Gabriel (Malvino Salvador), de Caras
& Bocas. Vale lembrar que, fora da tela, o casal carrega o desafio de manter a boa audiência conquistada pela trama de Walcyr Carrasco, responsável por levar de volta para a TV o público do horário das sete da Globo.
Morena, de franja cortada e cabelos repicados, Fernanda, 25 anos, viverá
sua terceira protagonista. A primeira foi Betina, com a qual obteve destaque em Malhação, em 2005. Um ano depois, deu vida à doce Laura de Desejo Proibido, trama das seis na qual fazia par romântico com Murilo Rosa. De lá para cá, a morena atuou em Páginas da Vida e fez uma participação em Casos e Acasos, em 2008.
Fernanda comemora o fato de estar vivendo uma protagonista bastante diferente
de suas personagens anteriores:
– A Nelinha é uma menina muito moderna, que realmente tem atitude. Tanto é que o corte de cabelo e o figurino dela não são comuns. Ela sempre me surpreende. Tudo vem com atitude e estilo.
O primeiro papel de destaque de Rodrigues, 29 anos, também foi na novela adolescente da Globo. Depois, ele passou por Páginas da Vida e Eterna Magia, até fazer par romântico com Mariana Ximenes em A Favorita. Zeca é o primeiro protagonista do ator.
– Ele é ético, coerente e bom. É o típico herói de novela. Ele conhece a Nelinha logo no começo da trama, quando ela está fazendo rapel em protesto contra a construção do prédio do pai e algo dá errado. O Zeca é designado para salvá-la – conta Thiago Rodrigues.
A preparação do galã contou ainda com aulas de dança, já que seu núcleo será ligado à prática do bailado.
Uma pedra no sapato
Depois de viver a mimada Beatriz em Sete Pecados, Priscila Fantin, 26 anos, cometerá maldades em Tempos Modernos. Por causa do amor que nutre por Zeca, ela não hesitará em armar para separá-lo da protagonista, a destemida Nelinha.
– Ela é amiga de infância de Zeca e, por consequência, sua namoradinha de adolescência. O relacionamento, se é que pode ser chamado assim, nunca ficou estabelecido nem formalizado, embora Nara tenha certeza de que Zeca é seu verdadeiro amor – conta a atriz.
Ao contrário de Nelinha, que é rica, Nara não tem muito dinheiro para investir em grifes. Ela, então, leva para as ruas a moda que usa na academia de dança. A década de 1980 está presente em seu estilo, cheio de cores e tons fortes, assim como o figurino da trama.
Imagens: Arte ZH
Foto: Divulgação, TV Globo |
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A impressão de fragilidade que se tem de Deborah Evelyn fica totalmente esquecida quando a intérprete da vilã Judith, de Caras & Bocas – que vai ao ar de segunda a sábado, às 19h20min, na RBS TV – defende com firmeza e determinação a atual personagem. Marcada por tipos cheios de dramas, a atriz encara com humor sua primeira vilã na teledramaturgia, dentro da trama exagerada de Walcyr Carrasco.
– A diferença para mim é estar de verdade em cena, não importa que personagem seja – garante.
Aos 26 anos de carreira e 46 de idade, Deborah acredita que o que a atraiu na trama das sete foi justamente o inusitado. Seu último trabalho havia sido como Madalena, na novela de época Desejo Proibido, da emissora.
– É um privilégio poder variar. Walcyr foi generoso comigo, porque não tenho tipo físico de uma vilã. Tenho uma carinha muito certinha, uma aparência delicada. Quis fazer o oposto – afirma, com um sorriso largo.
Quanto aos exageros de sua personagem, Deborah diz que mantém sempre a preocupação de não fazer a Judith caricata demais.
– A Judith é uma personagem típica, é uma vilã característica, com todas as suas matizes. Apesar disso, faço de tudo para que ela não caia para o lado caricato.
Outro lado de Judith que tem ajudado Deborah é a descontração dentro da vilania.
– O clima de brincadeira de novela das sete facilita a construção de uma vilã. É bacana essa experiência. Já fiz inúmeras mocinhas, e o problema delas é que o texto é comprometido com a moral e os bons costumes. A vilã tem uma curva
de 180 graus de possibilidades – analisa.
Foto: TV Globo |
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Fernanda Vasconcellos está confirmada na novela Bom Dia Frankenstein, que substituirá Caras e Bocas ainda este ano, em novembro. A atriz formará um triângulo amoroso com Carolina Dieckmann e Daniel de Oliveira. Segundo a Quem, ela será rival da personagem da Carolina e disputará o coração do ator.
Após seu último trabalho em novelas como a Laura em Desejo Proibido, quando contracenou com Daniel, a morena participou de Casos e Acasos em 2008 e da Turma do Didi em 2009.
Foto: reprodução, TV Globo |
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A fala mansa e a firmeza das palavras dão a impressão de que Guilherme Berenguer já é um veterano na TV. Tanto que o ator de 28 anos, que interpreta o
forasteiro Ricardo, em Paraíso, na Globo, acredita que sua carreira vem sendo
bem-sucedida justamente por seu comportamento responsável e sereno. Desde que estreou na TV, em 2004, com o protagonista Gustavo, em Malhação, Guilherme já planejava a trajetória que gostaria de ter como ator.
– Quando entrei, sabia que vinha para ficar. Disse que dali ninguém me tirava. Me determinei a isso – relembra.
Tanta determinação o fez chegar até Paraíso. Na pele de um dos idealistas da fictícia rádio da cidadezinha do interior, Guilherme conseguiu enxergar características pessoais em comum com seu atual personagem, o que o fez ganhar mais segurança e intimidade na hora de entrar em cena.
– O Ricardo não quer perder a oportunidade de dar certo na vida, e eu sou muito parecido com ele – avalia.
Além da persistência, Ricardo e Guilherme têm mais afinidades. Na trama de
Benedito Ruy Barbosa, o publicitário, apesar de ser o típico malandro da cidade grande, se apaixona por Aninha, de Juliana Boller. Outra semelhança com Ricardo: o ator confirma que a veia romântica é bastante aflorada em sua personalidade.
– Esse personagem me traz toda a essência lúdica com a Aninha, da paquera marota, da emoção do olhar. Eu adoro, sou um cara absolutamente romântico – declara, com timidez.
Todo o clima das histórias de amor, típicas da faixa das seis, aliás, Guilherme já diz saber de cor. Essa é a terceira trama consecutiva que o ator interpreta no
horário. Começou em 2006, com Sinhá Moça, e passou por Desejo Proibido, em 2008. O intérprete de Ricardo afirma que gosta do que é discutido no horário, além de ter grande identificação com os autores e suas histórias. Mas não
se incomoda em ficar marcado por só participar das tramas que começam depois de Malhação.
– Acredito que essa escolha é associada à escalação do elenco. A equipe tem de ser certeira na hora de convocar um ator. Adoro estar nas novelas das seis – desconversa.
Além de sempre atuar neste horário, é a segunda vez que o ator participa de uma trama de Benedito Ruy Barbosa.
– Sempre questiono o porquê de estar em um projeto e por que um autor me quer. Com o Benedito, já me sinto confiante. É uma honra mesmo estar aqui – derrete-se.
Mesmo assim, Guilherme não descarta a possibilidade de atuar em uma trama das oito. E a possível escalação em uma novela é vista como sonho para o ator, que nunca esteve no horário nobre.
– Sei que quero e vou fazer um dia. Temos tradição grande nisso, um espaço precioso para temáticas firmes. Sinto que minha hora está próxima – torce, em tom de suspense.
Foto: PEDRO PAULO FIGUEIREDO/CZN |
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Alexandre Borges sempre arrebatou o coração das mulheres com seus personagens. Mas em Caminho das Índias, na pele do adúltero Raul, o jogo se inverteu. Nas ruas, o ator continua atiçando as fãs. Mas, na ficção, o personagem se deixou levar pelos encantos de Yvone (Letícia Sabatella), a melhor amiga de sua mulher, Silvia (Debora Bloch). Depois de embarcar no romance, ele vai ter de arcar com as consequências.
– O Raul vai dançar nas mãos dela – adianta o intérprete.
O ator não esconde a satisfação de ver um trabalho repercutir logo de cara, mas diz que começar uma novela com um personagem quente tem seus riscos. A julgar pela resposta do público, deu certo. Mas Alexandre diz que o fato de fazer par romântico pela terceira vez com a atriz Letícia Sabatella – eles já contracenaram em A Muralha e Desejo Proibido – não facilita nesse sentido.
– A Letícia é muito profunda e absorve os personagens. Mudamos muito de um papel para outro e não há como preestabelecer uma fórmula achando que sempre vai funcionar – explica Alexandre.
Muito antes de Raul chegar à vida de Alexandre, ele já tinha planos de seguir a carreira que o levou à TV. Aos 12 anos, fazia teatro infantil e, aos 18, deixou Santos, cidade onde nasceu, para se dedicar ao teatro profissional. Mas o ator nunca escondeu que, quando jovem, desejava mesmo era a fama e o sucesso na TV.
– Eu tinha aquele sonho cantado na canção, ir para Califórnia ser artista de cinema. Eu romantizava – conta Alexandre aos risos.
Quando ele passou a estudar com Antunes Filho, discutir filosofia, mitologia, ser criticado pelas cenas que fazia, viu que a profissão que desejava seguir exigia muito mais.
– E constatei que eu era fraco, despreparado. Caiu a ficha e fui realmente estudar – recorda.
Passo a passo na TV Durante uma montagem de Hamlet, quando conheceu a mulher, Julia Lemmertz, a atriz o avisou que a TV Manchete estava fazendo seleção de elenco para uma novela e sugeriu que ele enviasse material. Era Marajá, mas a novela acabou não sendo exibida. Logo em seguida, veio a oportunidade de fazer o traficante Cacau, de Guerra sem Fim, de 1993. De lá para cá, Alexandre nunca mais deixou a TV.
Você acredita que os homens se identificam com seu personagem?
Vivemos uma época de muita competição. As pessoas estão sem religiosidade, não há espaço para a espiritualidade. Todo mundo é pouco equilibrado e pouco centrado em si mesmo. Meu personagem traz essa discussão. O Raul é um estressado, quase um depressivo. Quero que entendam o que o levou a tomar essas atitudes.
Como tem sido a resposta do público?
Tem gente que compreende, geralmente os homens. O público masculino reage de maneira bem diversa do feminino. Acho legal um casal acompanhar a novela e começar a discutir essas questões do casamento. Estamos mostrando um casal com todas as suas nuances do cotidiano.
O casamento com a atriz Julia Lemmertz ajuda na composição?
Sou casado com a Julia há 15 anos, tenho um filho, estou com 43 anos e também passo por minhas crises, minhas dúvidas. Daqui a pouco chego aos 50 anos. A tal da crise da meia-idade que tanto dizem não é brincadeira, não.
Ser um ator que fascina as mulheres não ajuda a amenizar a crise da meia-idade?
Eu sou um homem casado, mas adoro as mulheres. Acho importante saber se relacionar com elas. Conviver bem com amigas, tratar bem as fãs. O carinho do público feminino é algo que me estimula. Mas, geralmente, o assédio é bem respeitoso.
Foto: JOÃO MIGUEL JÚNIOR, TV GLOBO |
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Um personagem em Caminho das Índias e de quebra um blog são o reconhecimento ao trabalho de André Arteche. Indra, o primeiro papel do gaúcho em uma novela das oito, é um blogueiro que existe também fora da trama.
André ficou conhecido primeiro no cinema: ele é um dos protagonistas do filme Houve uma Vez Dois Verões (2002), de Jorge Furtado. Hoje, aos 24 anos, o ator vive no Rio e interpreta um personagem criado especialmente para ele pela autora Glória Perez.
– Acho muito importante que os autores estejam preocupados em revelar novos atores e pessoas que não sejam tão conhecidas. A Glória tem esse cuidado, e eu fico muito feliz de ela ter confiado a mim um personagem tão bacana – afirma André.
O ator já havia trabalhado com a autora e com o diretor Marcos Schechtman na segunda fase da minissérie Amazônia (2007). Esse foi o primeiro personagem de destaque do gaúcho na TV Globo – antes, ele havia feito duas participações em programas especiais da emissora. André emendou, naquele mesmo ano, um papel na novela Desejo Proibido, e hoje vive Indra, um indiano criado no Brasil, filho de Ashima (Mara Manzan), dona de uma pastelaria na Lapa.
– Ele é um cara que tem um coração brasileiro, mas com valores da filosofia hindu, bem diferentes dos costumes a que estamos habituados. O personagem mostra as diferenças e as impressões de um adolescente com uma cultura bastante diferente vivendo no Brasil – diz André.
Para dar vida a Indra, André leu os Vedas – livros que reúnem os ensinamentos da filosofia hindu.
– Eu estou muito feliz, porque o Indra é um personagem que fala coisas em que acredito, e é importante pelos valores que ele passa. Acho muito legal a Glória fazer do personagem esse instrumento, para mostrar que é possível a gente conviver de forma pacífica e harmônica – conta o ator.
Apesar de ser um garoto ligado às tradições, Indra também gosta de tecnologia. Tanto que o personagem ganhou um blog (http://www.blogdoindra.com.br) que existe também fora da novela.
– A Glória tinha a ideia de criar uma interatividade, de construir dentro da novela um espaço em que os espectadores pudessem dialogar com o personagem – conta Arteche.
Deu tão certo que cada postagem no blog tem mais de 50 comentários dos leitores – às vezes até mais de 200. Em breve, o personagem deve responder aos comentários dos leitores por meio de vídeos publicados no blog, e, com isso, o espaço de André dentro da novela também deve aumentar. E ele sente a diferença de visibilidade do público por estar em uma produção do horário nobre:
– Já fiz outros trabalhos de que gostei tanto quanto o Indra, mas que, por não serem novela das oito, não foram tão vistos. O legal é que eu estou fazendo o que sempre fiz, mas tem mais gente vendo.
Foto: Divulgação, Globo |
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Grazi Massafera costuma dizer que tudo acontece rápido demais na sua vida. E é verdade. Desde sua vitória como Miss Paraná, em 2004, ao vice-campeonato no Big Brother Brasil 5, passando por papéis de destaque em Páginas da Vida e Desejo Proibido, até sua primeira protagonista, a Lívia de Negócio da China, foram apenas quatro anos.
– Não esperava uma protagonista tão cedo. Mas é tanta gente pensando numa novela, é tanto dinheiro envolvido, que as pessoas sabem o que estão fazendo. Se confiaram em mim, eu posso confiar também – diz.
Nascida em Jacarezinho, no Norte do Paraná, a loura de 26 anos atrai holofotes por onde passa e vem surpreendendo com seu desempenho na trama de Miguel Falabella que, desde os primeiros capítulos, passa por problemas. Como se não bastassem os insatisfatórios índices de audiência, Grazi também teve de “segurar as pontas” após a inesperada saída do protagonista da trama, Fábio Assunção, que vivia Heitor, seu par romântico na história.
– Não sou a salvadora da pátria. O que eu tenho para falar é que o trabalho com o Fábio foi maravilhoso. Ele é um ator experiente, que tem muitos anos de profissão. Foi um excelente aprendizado – resume.
Com a “virada” no folhetim, capítulos tiveram de ser reescritos e a trama de Lívia, que deveria ser disputada por Heitor e João, padeiro vivido por Ricardo Pereira, mudou. A moça passou a sofrer maus bocados nas mãos de Ramiro, personagem de Rodrigo Mendonça. O médico, que trabalha no mesmo hospital onde ela era recepcionista, a assediou sexualmente, deixando a moça traumatizada.
Guerreira, Lívia fi nalmente deixou o emprego e, após tentar trabalhar no armarinho da ex-sogra, Luli Maria, de Eliana Rocha, viu que, definitivamente, não consegue conviver com ela. Mas os próximos capítulos reservam à personagem uma grata surpresa: João vai convidá-la para trabalhar na padaria que está abrindo. É quando deve esquentar o “clima” entre os dois... Pelo menos até a entrada do personagem de Thiago Lacerda, que deve formar o novo “triângulo amoroso” da trama.
– Acho a personagem muito normal, mas com o diferencial de ser muito guerreira e madura, apesar de nova – afirma.
Com o mesmo jeito “moleca” que a marcou, Grazi garante que não se deslumbra com a fama. Apesar de todo o glamour que a cerca, ela jura que tem sonhos para lá de singelos para o futuro.
– Daqui a 10 ou 15 anos quero estar numa fazenda com meus fi lhos e meu marido cuidando de galinhas – brinca.
Embalada pela vontade de dedicar-se à profissão que, ela confessa, não pensava em seguir, Grazi diz que hoje se preocupa mais com seu desempenho do que com o fato de ser considerada uma mulher bonita.
– Se me perguntassem se eu ficaria gorda e descabelada por uma personagem quando estreei, em Páginas da Vida, levaria um susto. Mas hoje, eu faria sim! – garante.
Com longo contrato com a Globo, Grazi diz que seu único projeto para depois da novela é viajar com o namorado, o ator Cauã Reymond.
– Preciso gastar um pouco de dinheiro, né? – diverte-se.
Sem disfarçar o sorriso, ela afirma que o trabalho lhe trouxe tranqüilidade para a maior preocupação que tinha na vida: depender da saúde pública, caso alguém de sua família precisasse.
– E se alguém ficasse doente, o que fazer? Depender do SUS? Isso martelava na minha cabeça. Hoje eu tenho um dinheirinho que nunca imaginei ter, e é para a minha saúde e da minha família – pondera, deixando escapar o sotaque interiorano que teve de deixar de lado por conta da primeira personagem “urbana” da carreira.
Foto: Renato Rocha Miranda, TV Globo |
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A atriz Letícia Sabatella, de 38 anos, deixou a Clínica São Vicente, no Rio de Janeiro, na noite desta sexta-feira, 19, depois de dar entrada com um quadro de arritmia cardíaca.
A arritmia é a mudança do ritmo do coração, e se caracteriza por palpitações, falta de ar, dor no peito, tonturas e até mesmo desmaios. A doença, pode, inclusive, não ter sintomas.
Letícia chegou à clínica na madrugada de sexta, com problemas no coração, de acordo com o G1. A atriz, que está escalada para a novela global das 20h, Caminho das Índias, da autora Glória Perez, descansa em casa.
Este ano, Letícia apareceu no filme Romance, com direção de Guel Arraes, e na novela Desejo proibido, com direção de Walter Negrão, na qual fazia o papel de Ana.
Foto: Divulgação, Globo |
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Ela chama atenção pela postura ereta e a voz quase sussurrada. Serenidade nos mínimos gestos que vai ser utilizada com malícia por Letícia Sabatella na composição de sua primeira vilã na TV. Quando começa a destilar as características perversas de Yvone, o semblante da mineira já se mostra impregnado pelas maldades da médica de Caminho das Índias. Ao chamá-la para a próxima trama das oito da Globo, que deve estrear no final de janeiro, a autora Glória Perez assumiu que estava na dúvida entre duas personagens para a atriz. Foi a deixa de que Letícia precisava.
– Avisei logo que estava cansada de carolas, sofredoras, lacrimosas. Não agüentava mais fazer gente que reza – ri a atriz.
– Adoraria fazer uma indiana, pois elas têm uma cultura com a qual me identifico. Mas precisava voltar com algo muito diferente.
E põe diferente nisso: quase uma psicopata, Yvone assombra com uma ambição e frieza desmedidas. Seu principal objetivo é destruir a vida da amiga de infância Silvia (Débora Bloch). Para isso, envolve-se com o marido dela, Raul (Alexandre Borges).
– A Yvone é muito cobra. Ela vai fazer com que Raul jogue tudo para o alto e fuja com ela – adianta Letícia, que para dar veracidade ao perfil desequilibrado e ganancioso se guia pelas orientações de uma terapeuta, que decifra com a atriz a personalidade de Yvone – de tão ardilosa, ela não se contentará com o marido da amiga, fazendo de tudo também para conseguir roubar a fortuna dela.
A vilã é uma espécie de oásis do mal na carreira da atriz, de 36 anos, pontuada por tipos cheios de empatia. O último deles foi a melancólica Ana, de Desejo Proibido (2007-2008), em que também contracenava com Alexandre Borges. Desde que estreou com o especial Os Homens Querem Paz (1991), Letícia construiu figuras ternas. Até sua estréia em novelas, em O Dono do Mundo
(1991), como a prostituta Taís, foi com uma personagem suave.
– Sou assim na vida – explica, simples assim.
Foto: Divulgação |
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Com seu sorriso rasgado, a cintilante Grazi Massafera não disfarça a faceirice em estrelar a nova novela das seis da Globo, Negócio da China, que estréia nesta segunda-feira. E ela confessa que gostou mais ainda quando soube que interpretaria uma carioca, o que significaria disciplinar-se para largar de vez o sotaque interiorano carregado – vem sendo preciso dedicar-se com afinco às sessões de fonoaudiologia para dar voz à romântica Lívia.
Sem nunca ter sonhado com a carreira de atriz, a ex-BBB sequer imaginava fazer uma protagonista logo em sua terceira atuação na TV. E isso lhe custou um pouco mais de trabalho e garra: autor da trama, Miguel Falabella pediu que Grazi regravasse algumas cenas, assegurando que poderia carregar na emoção e render muito mais nas tomadas dramáticas. Mas nem por isso a linda desanimou.
– Tudo na minha vida acontece muito rápido. Aprendo e pratico junto – afirma, confiante.
– Vou viver uma personagem que é parecida comigo: guerreira e otimista.
Na novela, Lívia é casada com Heitor (Fábio Assunção), com quem teve um filho ainda muito jovem. Por causa do ciúme das brigas constantes com o marido, ela viaja até Portugal para refletir sobre os rumos da sua vida. Quando resolve voltar, certa de que ainda ama Heitor, Lívia conhece o português João (Ricardo Pereira), por quem se apaixona. No desenrolar da trama, os dois galãs disputarão o amor da mocinha. Para assimilar a idéia de representar uma carioca, Grazi aguçou sua percepção aos mínimos detalhes das mulheres que moram no Rio. Passou a observar suas atitudes, e parece ter se identificado com as garotas de Ipanema: para compor Lívia, não precisou mudar o visual, o jeito ou o estilo carioca, já adotado por ela. Foi a meiga interpretação da doce Florinda, de Desejo Proibido (2007), que conquistou o público e catapultou Grazi para Negócio da China. Já a estréia em novelas, com a ingênua Thelminha de Páginas da Vida (2006), não foi uma experiência tão motivadora: a atriz recebeu muitas críticas, e sabe que outras virão quando a nova trama começar. Mas Grazi não se deixa abalar.
– As pessoas são de uma delicadeza comigo que fico até sem graça! – derrete-se a guria, que jura não ter mudado seu comportamento desde os tempos de BBB e nem sonha em trocar a TV por cinema ou teatro.
– Não consigo fazer duas coisas ao mesmo tempo, ainda não tenho essa capacidade. Quem sabe um dia?
Espelho, espelho meu
Foi em cima da beleza que Grazi Massafera construiu sua carreira. Após ser eleita Miss Brasil e Miss Beleza Internacional, a modelo ficou íntima do país inteiro ao conquistar o segundo lugar na edição 2005 do Big Brother Brasil. Desde então, acumula centenas de capas de revistas e dezenas de campanhas publicitárias, além de eventos e desfiles. Como trabalha com a imagem, Grazi se cuida muito. Para o corpo e rosto, abusa de um bom hidratante, além do filtro solar. E não se vê sem seu estojinho de maquiagem: durante o dia, depende de rímel, blush e brilho labial. Para manter a forma, a atriz vai à academia e, quando possível, anda de bicicleta na orla do Rio – aproveitando
para reforçar o tom dourado da pele.
– Faço isso se não eu mofo, né? – brinca.
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