Paul durante o show em LondresFoto: Divulgação, Rock Calling |
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Sabe quando você vai a um show e diz “nossa, o show estava muito bom”? Pois então, eu fui a uma quantidade considerável de shows nesses últimos anos e, em grande parte deles, saí achando que tinha assistido performances da mais alta qualidade. Isto até ontem, domingo, quando tive a honra e o prazer de ser uma entre as 40 mil pessoas amontoadas no clássico Hyde Park, um dos maiores e mais belos parques de Londres, para ver Sir Paul McCartney tocar. A partir de ontem, qualquer outra apresentação a que fui pareceu um show de banda de garagem.
Afinal, o que pode superar, três horas (três horas!), de puro rock n´roll, nostalgia e talento puro, presenteados pelo cara que junto com John, George e Ringo foi responsável pela maior e melhor banda do mundo? Foi assim desde o início, quando cinco minutos após as 19h30, Macca surgiu no palco, abrindo os trabalhos com as canções Venus & Mars e Rock Show, ovacionado como se não estivéssemos num concerto, e sim num culto.
– Gente, vou pedir um minuto antes de continuar tocando, quero olhar para vocês, porque essa visão é muito legal – disse, repousando os braços sobre o baixo para canhoto, olhando fixamente para toda a platéia, olhando humildemente como se fosse a primeira vez que estivesse tocando para uma multidão tão grande.
Em seguida, emendou as canções Jet, da sua banda Wings, seguida de All My Loving, para delírio da galera. Na sequência, vieram Letting Go, Got To Get You Into My Life e Let Me Roll it, esta uma homenagem a Jimmy Hendrix. Sentando-se no piano, Paul conta ao público que Hendrix aprendeu a tocar Sargent Pepper apenas dois dias após o álbum ser lançado, só para poder incluí-la no set list de um show que fez em Londres.
Ao virar-se de volta para o piano, os primeiros acordes de The Long and Winding Road fizeram muita gente chorar, inclusive esta que vos escreve, em um momento de puro êxtase.
A partir daí, tudo que se seguiu foi surpreendente até para quem conhece bem o tamanho do talento de Paul McCartney, dono de um bom humor, carisma e fôlego inigualáveis. Conversando muito com a multidão, fazendo brincadeiras e tocando sem parar, tudo parecia tão natural, que a sensação era a de que estávamos no quintal da casa dele, vendo-o tocar para um grupo de amigos. Artista com A maiúsculo que é, McCartney sabe muito bem da força da bagagem que carrega sobre os ombros, mas a apresenta com uma humildade e espontaneidade desconcertantes, emocionado como se fosse um menino que mal começou a carreira.
São inúmeros os momentos com altas doses de emoção, como quando Macca homenageou John Lennon cantando Here Today, canção que escreveu para o companheiro após sua morte.
– Esta música é para ser a conversa final que não tivemos – disse.
Ou então quando, munido de um Ukulele, lembrou George Harrison.
– Vocês sabem que o George adorava tocar Ukulele, e um dia, quando estávamos na casa dele, pedi para que me ensinasse uma de suas canções. Eu toquei para ele essa música, e agora gostaria de tocar para vocês – iniciando uma adorável versão de Something.
O tempo voou como se três horas fossem três minutos, onde o enfileirado de alguns dos maiores clássicos da música não teve fim: Hey Jude, A Day in the Life, I´m Looking Through You, Two of Us, Blackbird, Back in the USSR, Eleanor Rigby, Ob-La-Di, Ob-La-Da, Let it be, Paper Back Writer, Live and Let Die.... e isso tudo antes de primeiro bis!
Após terminar a primeira parte do show, o primeiro bis trouxe Lady Madonna, Day Tripper e Get Back. Ao voltar para o bis final, empunhando uma bandeira da Inglaterra, Macca brincou:
– Gente, eu vou ter parar em algum momento, viu? .
O público gritava “não!”.
– Vocês vão ter de ir embora em algum momento também! – disse, rindo.
E o público continuou gritando não para que ele, então, emendasse:
– Já sei, vamos todos dormir aqui no parque então!, ovacionado pela multidão completamente entregue ao seu magnetismo.
Helter Skelter e Sargent Pepper's Lonely hearts Club Band e The End arrebataram a noite, em que a frase “...and in the end, the love you take...is equal to the love you make” explicava exatamente a troca incrível entre o músico e a platéia.
Quando as luzes do palco se apagaram eu não conseguia parar de soluçar, coisa que em outras situações me deixariam envergonhada, mas milhares de pessoas estavam na mesma situação. Mesmo depois de três horas, ninguém queria ir embora. Muita gente ainda ficou parada ali, tentando absorver mais um pouquinho do que com certeza foi o melhor show da vida de muita gente. Da minha, pelo menos, foi.
>>>>> Leia sobre o show de Paul McCartney nos EUA em agosto de 2009
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Oasis no show em Porto Alegre em 2009Foto: Diego Vara |
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A produtora In 1 Productions, de Liam Gallagher, anunciou que está elaborando um documentário sobre os últimos anos dos Beatles antes da separação em 1970. O filme será baseado no livro The Longest Cocktail Party: An Insider's Diary Of The Beatles, Their Million Dollar Apple Empire And Its Wild Rise And Fall, de Richard DiLello, publicado em 1972. Um porta-voz da produtora avisou que o doc terá humor e será uma visão sobre negócios de música, celebridades e o fim da swinging London dos anos 60.
DiLello foi funcionário da Apple Records, a gravadora fundada pelo quarteto em 1968. O filme de Liam se passará entre 1967 e 1970 e deverá contar detalhes sobre os problemas pessoais e financeiros enfrentados por John Lennon, Paul McCartney, George Harrison e Ringo Starr.
Liam ainda estaria procurando um diretor e um roteirista para o longa. A escolha do elenco será feita após a definição do roteiro. A In 1 Productions e a parceira Revolution Films apresentarão o projeto oficialmente no Festival de Cinema de Cannes, que rola entre 12 e 23 de maio.
Com isso, o roqueiro amplia seu escopo de atuação: além da música, ele já atua com moda e com provocações em geral.
Zumbis
Ontem, foi anunciado que em breve será lançado um filme baseado no livro Paul is undead, de Alan Goldsher, no qual os Beatles são zumbis. Na história, Lennon criança é transformado em zumbi e, 15 anos depois, mata e transforma Paul, Ringo e George.
O quarteto comerá cérebros dos fãs pelo mundo, combaterá a ninja Yoko Ono e será perseguido pelo caçador de zumbis Mick Jagger. O projeto é da produtora Doublé Feature.
>>>>> Oasis fazia show em Porto Alegre há exatamente um ano
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Foto: Divulgação |
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Wilco, MGMT, Hole e Smashing Pumpkins também vão lançar novas músicas para o Record Store Day, que defende a permanência das lojas de disco independentes pelo mundo. O material chegará ao mercado dia 17 de abril.
Wilco: liberou um deluxe box do álbum ao vivo Kicking Television (2005) com quatro LPs, oito faixas extras e um CD. Serão apenas mil cópias.
MGMT: lançará a música Siberian Breaks, de 12 minutos, que está em Congratulations, em vinil 12″.
Hole: terá uma versão de Skinny Little Bitch e uma faixa inédita do novo álbum Nobody’s Daughter em vinil branco 10″.
Smashing Pumpkins: lança ainda hoje, no site da Amoeba Records, o download da nova música Astral Planes para antecipar o show da banda na loja neste final de semana.
Mais: Beastie Boys (vinil com faixas do próximo álbum, Hot Sauce Committee Pt. 1), Bruce Springsteen, Buddy Guy, Built To Spill, Charlotte Gainsburg, Coco Rosie, Devo, Elvis Costello, Flaming Lips, Fucked Up, Goldfrapp, Gorillaz, Infected Mushroom, Jeff Beck, Joan Baez, Julian Casablancas, La Roux, LCD Sound System, Modest Mouse, Muse, Nada Surf, Of Montreal, Pantera, Passion Pit, Pavement, Peter Gabriel, Queens of the Stone Age, R.E.M., Ramones, Sonic Youth, Soundgarden, The Cribs, Them Crooked Vultures, Tom Waits, TV on the Radio, Weezer, Yeah Yeah Yeahs também farão lançamentos.
Beatles, The Doors, Elvis Presley, Jimi Hendrix, Joe Strummer & The Mescaleros, John Lennon, Joy Division, Sex Pistols e Velvet Underground terão singles de edição limitada colocados à venda.
Você já leu no Volume que Rolling Stones e Blur também lançarão material inédito para o Record Store Day. Veja a lista completa de lançamentos (e morra querendo tudo) aqui.
Josh Homme foi "eleito" embaixador da causa:
O Record Store Day, pasmem, foi concebido por Chris Brown. Entenda aqui.
>>>>> Leia o que já foi publicado no Volume sobre as bandas citadas fazendo uma busca no campo ao lado.
Foto: Divulgação |
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O último álbum de estúdio de Johnny Cash, American VI: Ain't No Grave, da série American Recordings, que teve início em 1994, será lançado no dia 26 de fevereiro, dia do nascimento do músico. O disco virá com a faixa inédita I Corinthians: 15:55. O material foi gravado em 2002, um ano antes da morte de Cash, e teve produção de Rick Rubin, que também assinou os anteriores.
Nos álbuns já lançados, ele gravou músicas de John Lennon e Paul McCartney, Beck, Nick Cave, Tom Petty, Bonnie "Prince" Billy, Sting, Neil Diamond, U2, Soundgarden, Glenn Danzig, além da já clássica Hurt, do Trent Reznor. Neste último, ele registrou composições de Sheryl Crow (Redemption Day) e Kris Kristofferson (For The Good Times), entre outros compositores. O tracklist é:
Aint No Grave
Redemption Day
For The Good Times
First Corinthians
Where I'm Bound
Satisfied Mind
It Don't Hurt Anymore
Cool Clear Water
Last Night I Had The Strangest Dream
Aloha Oe
I Corinthians: 15:55
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Cena de Nowhere BoyFoto: Divulgação |
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Caiu nas internets o trailer do filme Nowhere Boy (você já leu sobre isso aqui), cinebiografia dirigida por Sam Taylor-Wood sobre a juventude de John Lennon, interpretado por Aaron Johnson. O filme é baseado no livro Imagine This: Growing Up With My Brother John Lennon, de Julia Baird, meia-irmã do músico.
O roteiro é de Matt Greenhalgh, o mesmo da cinebio Control (sobre Ian Curtis). A trilha sonora tem participação de Goldfrapp. Já a narração do trailer é do próprio músico, a partir de áudio retirado de uma entrevista de 1972.
Nowhere Boy será exibido pela primeira vez hoje, no encerramento do London Film Festival. O lançamento será no dia 26 de dezembro, mas ainda não há previsão de estreia no Brasil.
>>>>> Mais sobre John Lennon
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Foto: Divulgação |
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Atualizado às 15h27min
As declarações de Paul McCartney sobre o destino das músicas dos Beatles, publicadas ontem, correram o mundo. O músico afirmou ao semanário NME que gostaria que as músicas da banda estivessem disponíveis para download. Ao mesmo tempo, a Mojo fez uma lista das 20 mais da banda (veja abaixo).
Oficialmente, o catálogo dos britânicos esteve longe do mundo virtual até agora, mas McCartney garantiu que está trabalhando para que os fãs possam, finalmente, baixar as músicas de forma legal. O músico culpou a gravadora EMI pelo atraso.
– Tivemos problemas com o iTunes - quer dizer, a EMI era o problema -, com os downloads, e queremos consertar isso porque é assim que muita gente adquire músicas – disse McCartney.
Foto: Reprodução
O primeiro passo dado em direção ao ciberespaço foi dado há algum tempo e se concretiza hoje, com o lançamento do game The Beatles: Rock Band.
– Nós meio que superamos [os problemas com download], pois agora você pode baixar no Rock Band. Sempre gostei disso: quando dizem que você não pode fazer algo e, de repente, há uma pequena rota pelos fundos – completou.
Mas McCartney admitiu que não está por dentro do jogo:
– Eu ainda não tentei. Quando vou a uma demonstração e as pessoas jogam eu penso: 'Deus, isso parece difícil'.
The Beatles: Rock Band tem 45 canções, terá um preço mínimo de US$ 60 e ganhou a aprovação de McCartney, do baterista Ringo Starr, de Yoko Ono e da viúva de George Harrison. Leia mais sobre o jogo no Canal dos Games.
Yoko diz que catálogo será lançado hoje no iTunes
Também ontem, segundo o canal de música do G1, Yoko Ono teria dito em entrevista à Sky News que todo o catálogo dos Beatles estará disponível na loja virtual do iTunes a partir desta quarta-feira (9).
A notícia chegou a ser veiculada no site da Sky News, mas foi removida logo depois, já que este seria o assunto de um anúncio que a Apple fará hoje.
Já gravadora EMI informou ao Financial Times que as negociações para disponibilizar o catálogo da banda na internet ainda estão em andamento e que o suposto anúncio da novidade não será feito hoje.
Atualização: a EMI disse nesta tarde (aqui e aqui) que o catálogo da banda não será disponibilizado no iTunes neste momento. O executivo Ernesto Schmitt declarou que as negociações entre as gigantes seguem em andamento. Mojo lista as 20 mais da banda
Na sua última edição, a Mojo listou o top 20 das músicas dos Beatles.
O ranking foi comentado por ilustres como Paul Weller, Wayne Coyne (Flaming Lips), David Crosby, John Cale, Ozzy Osbourne, Tom Petty, Bettye LaVette, Pete Shelley (Buzzcocks), Danger Mouse (Gnarls Barkley, Gorillaz), Win Butler (Arcade Fire), Tom Rowlands (The Chemical Brothers), James Skelly (The Coral), Tori Amos, David Crosby, Dave Okumu, John Cale e outros. Veja:
11. Eleanor Rigby | |
2. Strawberry Fields Forever | 12. Come Together |
3. Yesterday | 13. Hey Jude |
4. Tomorrow Never Knows | 14. I Want To Hold Your Hand |
5. Something | 15. With A Little Help From My Friends |
6. She Loves You | 16. Revolution |
17. While My Guitar Gently Weeps | |
8. Happiness Is A Warm Gun | 18. Can't Buy Me Love |
19. Norwegian Wood (This Bird Has Flown) | |
20. Rain |
Brian EpsteinFoto: Divulgação |
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Foi anunciado ontem que o produtor de cinema David Permut comprou os direitos para o roteiro de um filme sobre a vida de Brian Epstein, empresário dos Beatles morto em 1967, aos 32 anos, de overdose. Nesta quinta (27) rolou o 42º aniversário da morte dele.
O longa A life in the day terá roteiro de Tony Gittelson e foco no início da carreira do quarteto de Liverpool. Conforme o NME, agora Permut tentará obter os direitos sobre algumas canções do grupo.
O produtor contou à Variety que “todos rejeitavam a banda, mesmo que Brian prometesse que eles seriam maiores do que Elvis”. Ele disse que tudo começou a mudar depois que Epstein “finalmente conseguiu fazer George Martin, da EMI, mudar de ideia e conceder uma audição” aos músicos.
No momento, há uma nova onda beatlemaníaca rolando pelo mundo. Além deste filme, 13 minidocumentários sobre os bastidores de gravação de cada álbum de estúdio dos Bealtes estão a caminho juntamente com o catálogo remasterizado do quarteto.
Já a BBC exibirá em setembro um documentário sobre a banda intitulado The Beatles on record, com conversas inéditas e fotos raras. Na mesma época, será lançado o game The Beatles: Rock Band.
Além disso, a Disney e Robert Zemeckis estão negociando um remake de Yellow Submarine em 3D.
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Foto: Divulgação
O ex-beatle Paul McCartney negou ter tido uma relação ruim com John Lennon e atribuiu alguns dos problemas de seu ex-companheiro de banda à tendência a dizer tolices.
– John dizia tanta estupidez que depois dizia que não tinha intenção – disse McCartney em declarações publicadas hoje na revista britânica Radio Times.
Conforme a Agência EFE, o músico completou:
– Eu realmente nunca critiquei John. Eu não sou tão crítico. É uma questão de personalidade. Ele era mais brusco que eu – ressaltou o ex-integrante dos Beatles.
Segundo McCartney, Lennon, assassinado em 1980 em Nova York, não foi um homem tão difícil como as pessoas acreditavam e disse que teve com ele muitas coisas em comum.
– Se John dizia algo ruim de mim, também podia baixar os óculos até a ponta do nariz para dizer 'te amo'. Isso é o que conservo dele – ressaltou.
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Capa de Raul Seixas - Metamorfose AmbulanteFoto: Reprodução |
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O livro Raul Seixas - Metamorfose Ambulante, escrito por Mário Lucena, Laura Kohan e Igor Zinza, com coordenação de Sylvio Passos, presidente do fã-clube que conviveu nove anos com o músico. A publicação é uma das homenagens aos 20 anos da morte do cantor e compositor, e será lançada até o final do mês.
Conforme o material de divulgação (ainda não li o livro), Raul Seixas - Metamorfose Ambulante aborda o fascínio do baiano por filosofia e comenta as várias inspirações para suas músicas. De acordo com Passos, Raul conseguiu “passar’ conceitos de filósofos como Platão e Sartre e tinha obsessão por Schopenhauer e Crowley.
Além disso, o livro enfoca a relação de Raul com seus parceiros musicais (como Paulo Coelho e Marcelo Motta), os assuntos polêmicos que moveram a imprensa (discos voadores, drogas, Jerry Lee, John Lennon, etc), a ligação com a família e até com o Capeta...
O livro terá como brinde o CD Alquimia, com 14 músicas da cantora portuguesa Carina Freitas, um psiquiatra de adolescentes que se apaixonou pelas letras e pelo som de Raul. Ela gravou Canção para minha morte e escreveu Alquimia, segredo guardado em homenagem a Raulzito.
O livro sairá pela editora B&A, terá 260 páginas e também será vendido em bancas de jornal por RS 29,90.
>>>>> Vida de Raul Seixas vira documentário
Nesta segunda-feira, 13 de julho, pouco depois das 19h, a O2 Arena, em Londres, seria o local do show mais esperado do ano: a estreia dos 50 espetáculos londrinos da turnê This is it, de Michael Jackson, que marcaria o retorno do rei do pop aos palcos. O estádio estaria com sua capacidade lotada, abarrotado de fãs que aguardavam ansiosos ver de perto o ídolo que não fazia shows deste porte há mais de uma década. Ao invés disso, o estádio vazio e fechado era a prova cabal para quem ainda não tinha lidado com a realidade. Michael não está mais entre nós. Mas, mesmo assim, continua a arrastar multidões.
Desde o final da tarde, a aglomeração de fãs começava a ganhar corpo abaixo de um megatelão, que reproduzia imagens de diversas fases da carreira do cantor. Estavam reunidas ali pessoas de todos os cantos do mundo que, com passagem comprada para ver os shows cancelados, decidiram ir a Londres mesmo assim. Foram ao estádio como se fossem encontrar com o ídolo e acabaram encontrando, na verdade, conforto ao ver tanta gente reunida para homenageá-lo.
Fotos: Renata Peppl, Especial
Eu era uma dessas pessoas. Ao descer da estação de North Greenwich, que desemboca diretamente na entrada da O2 Arena, foi impossível não me emocionar com a quantidade de pessoas na porta do local. Crianças, jovens, adultos. Camisetas de tributo, flores, cartazes. Sósias, luvas brancas de strass, chapéus de feltro em centenas de cabeças. Olhos marejados e as músicas do Michael tocando baixinho nos aparelhos de som, trazidos pelo próprio público. Próximo ao telão, um espaço reservado para depositar flores e cartas. Na parede do estádio, uma tela branca servia de mural para homenagens e desabafos. Fila para deixar um último recado para o ídolo.
No palco improvisado abaixo do telão, jovens com megafone puxavam o coro: “Michael Jackson. King of Pop. Michael Jackson. King of Pop”. No auge da aglomeração, mais de três mil pessoas entoavam juntas as palavras de ordem, cantando junto alguns dos maiores sucessos da carreira do artista. Sósias disputavam atenção dos que chegavam, exibindo passos de dança que imortalizaram Michael. Às 21h, horário marcado para o início do show, balões em duas cores – negros e brancos, como o cantor – foram soltos no ar. Um clima de nostalgia e desamparo ficou pairando sobre as nossas cabeças. Cada um tentava homenagear o cantor à sua própria maneira.
Conversando com algumas pessoas no local, me impressionei ao constatar quantos estrangeiros tinham vindo a Londres só para o show. Finlândia, Alemanha, Escócia, Itália, Espanha, Japão, Colômbia, Brasil. E tantos outros, que eu não consegui identificar. Muita gente já trazia consigo também, como se fosse dono de um troféu, os produtos oficiais da turnê This is It, postos à venda na internet pela produtora dos shows numa tentativa de diminuir o prejuízo de milhões de dólares causados pelo cancelamento das apresentações.
Eram quase 23h quando decidi ir embora, mas centenas de pessoas ainda permaneciam no local, com velas acesas, rezando baixinho. Outros cantavam e dançavam animados. Um grupo de ingleses me jurou que passaria a noite toda de vigília no local.
Antes de me despedir, passei mais uma vez pelo mural completamente assinado e tive a certeza de que a homenagem tinha valido a pena. A tela branca, que antes trazia impresso “Michael Jackson. 1958 – 2009”, teve a impressão substituída por “Michael Jackson. 1958 – FOREVER”. Uma vida merecidamente eterna, sob medida para o tamanho do legado deixado por Michael Jackson.
>>>>> Veja mais fotos da homenagem
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