Fui no pediatra pegar um atestado para o André praticar esportes. Na consulta, mede, pesa, passa os dados para a tabela de crescimento, e a médica:
- Eles estão bem. Veja o André, ele é magrinho, mas está bem alto, dois níveis acima da média. Se continuar assim, pelo gráfico ele vai ter entre 1,80 e 1,85.
- Ah, mas não vai mesmo rsrsrsrs
Reação imediata, espontânea e compreensível: o pai do André tem 1,68.
Aí seguiram várias explicações, e uma delas é que o pai influencia mais na altura das filhas e a mãe, na altura dos filhos. Seguem os cálculos de previsão de altura:
Meninas:
(altura do pai - 13 + altura da mãe)/2
Meninos:
(altura da mãe + 13 + altura do pai)/2
Atenção: a altura dos pais deve estar em centímetros
Bem, na verdade a mãe soma nos dois, mas como nas meninas tira-se centímetros da altura do pai e a mãe costuma ser menor, quanto mais alto ele for, mais influenciará. E nos meninos, como é tudo soma (e os homens constuma ser mais altos), quanto mais alta a mãe, mais alto o menino. Para entender melhor, é só ver os resultados da Cecília e do André: assim como o pai, eu também tenho 1,68 e a diferença no resultado final é enorme.
A pediatra explicou também que o resultado é só um parâmetro, a altura pode variar em 8 centímetros para cima ou para baixo (e, vamos combinar, um universo de 16 centímetros é muita coisa!!!)
No final das contas, a média do André ficou em 1,74. Com os oito a mais, já que ele está acima da média, ficamos em 1,82 - exatamente o que a tabela de crescimento prevê.
O engraçado nisso tudo é que o Deco é visto como pequeno nas duas famílias. Óbvio, ele é bem menor que a Cecília!!! E ela, a grandalhona, está meio ponto acima da média da tabela. Por ela, a Cecília ficaria com 1,64. Pelo cálculo, com 1,61. Mas em menina o buraco é mais embaixo: a época da menstruação altera a altura. Quanto mais cedo ela tiver a menarca, mais cedo ela vai parar de crescer.