O Arsenal jogou em seu tradicional 4-5-1 (ou 4-2-3-1), com Arshavin posicionado como um meia ofensivo pelo lado direito, fazendo diagonais ou procurando a linha de fundo |
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Hoje o meia-atacante russo Arshavin estreou pelo Arsenal, vestindo a camisa 23, e desde cedo assumindo um protagonismo precipitado pelos diversos desfalques. E, apesar do empate em casa - 0 a 0 com o Sunderland - Arshavin teve uma boa atuação.
Sem Adebayor e Eduardo Silva, lesionados, Arsene Wenger recuperou o sistema tático 4-5-1 tradicional do Arsenal. Este sistema, que também pode ser chamado de 4-2-3-1, serve de referência para diversas equipes que atuam com dois meias ofensivos abertos pelos lados - foi assim com Mano Menezes no Grêmio, por exemplo, que chegava a citar a equipe londrina em entrevistas.
Como o Sunderland posicionou-se absolutamente defensivo, todas as linhas dos Gunners se adiantaram. Os zagueiros Gallas e Toure ficaram próximos ao meio-campo; nas laterais, Sagna apoiou bastante pela direita, enquanto Clichy decepcionou com uma atuação bastante burocrática do outro lado; na intermediária ofensiva, dois volantes - Song um pouco mais atrás, na direita, e Denilson adiantado, pela esquerda.
À frente deles, três meias ofensivos: Nasri aberto na esquerda, Van Persie centralizado, encostando em Bendtner, e Arshavin no lado direito. E com os desfalques - além de Adebayor e Eduardo, o Arsenal não contou com Fábregas, Rosicky e Walcott - Arshavin naturalmente imantou as jogadas dos Gunners, centralizando a articulação.
No 1º tempo, em 8 chances criadas, Arshavin participou de 5 - foram três conclusões a gol e duas assistências. Neste período de vigor físico do russo, o Arsenal viveu seu melhor momento na partida. Arshavin teve duas jogadas preferenciais: a parceria com Sagna na linha de fundo; e as investidas em diagonais incisivas, pela área, do lado para o meio. Mas ele foi substituído aos 15min do 2º tempo, em função do cansaço - Arshavin não jogava desde novembro - levando consigo quase toda a qualidade da linha ofensiva de meio-campo.
Van Persie adiantou-se, Nasri foi para a direita seguindo com suas limitações técnicas, e o substituto de Arshavin - o mexicano Vela - mostrou-se uma contratação inexplicável, pelo excesso de erros técnicos primários (passes, cruzamentos e conclusões que não cabem a um jogador do Arsenal). O time caiu demais, e não conseguiu furar o bloqueio dos visitantes.
O empate frustra, e pode até certo ponto ofuscar a boa estreia de Arshavin. Mas o Arsenal teve 61% de posse de bola, e criou 19 oportunidades de gol - contra apenas 3 do Sunderland. O sistema tático é tradicional no clube, reconhecidamente eficiente em sua história recente (a geração dos invencíveis de Bergkamp o consagrou), e falta apenas à equipe acrescentar a qualidade técnica que por enquanto está no Departamento Médico. Arshavin, ao lado de Adebayor, Eduardo Silva e Fábregas, deve formar um quarteto de ponta no futebol inglês.
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