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Clubes da Zona Sul ensinam a velejar

Apenas alguns passos separam o asfalto e as águas do Guaíba. Lá fora, o barulho do trânsito e os compromissos do dia-a-dia se perdem dando lugar a uma nova paisagem deslumbrante, pouco conhecida da maioria dos porto-alegrenses. É a cidade vista de dentro do Guaíba. As escolas de vela dão essa oportunidade.

Velejar ao sabor dos ventos é um prazer para poucos, mas possível, afirma o professor de vela, Jayme Fonseca, que há 10 anos ensina a adultos e crianças a arte de navegar. Seus alunos são médicos, pilotos de avião, dentistas, empresários, que descobriram o esporte como forma de desestressar.

- Minhas aulas são personalizadas, são para as pessoas que no seu tempo livre aproveitam para navegar.

Jayme gosta do que faz e ensina aos alunos as noções de segurança, o vento apropriado para velejar e, é claro, as dicas básicas de navegação. Jayme ensina na Escola de Vela do Sava Clube.

- Meu desafio é dominar o barco e superar o medo - afirma o professor universitário de Química da PUC, André Souto, aluno de Jayme, que nesta semana estava aproveitando as férias para velejar.

Morador de Petrópolis, André comprou um barco, o Classe Byte, para por em prática o que está aprendendo.

- A maioria das pessoas da zona norte, não conhece o Guaíba, tem preconceito por causa da poluição - diz ele.

Mas o professor Jayme afirma que nunca teve qualquer tipo de doença por causa da água.

- O Guaíba é poluído na margem e próximo aos arroios, mas é só ir mais para o meio, onde passa o canal, que as águas se renovam. A profundidade chega a 8, 10 metros, e não tem problema - assegura o professor.

Outros clubes, como o Jangadeiros e o Veleiros, também contam com escolas de vela para adultos e crianças. Existem várias turmas, é só escolher o horário.

Bruno e Ana Carolina, filhos de Silvana, durante uma aula